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"Não vai acabar até realmente acabar", diz presidente da Coreia do Sul após retorno da Covid-19 em Seul

As autoridades municipais de Seul determinaram o fechamento de bares e casas noturnas da capital, com receio que um novo foco de infecção por coronavírus, detectado num bairro badalado da cidade, provoque uma segunda onda da epidemia que estava controlada no país.

Um homem usando máscara assiste em estação ferroviária de Seul a transmissão do discurso do presidente sul-coreano Moon-Jae-in, que completa hoje três anos no poder.
Um homem usando máscara assiste em estação ferroviária de Seul a transmissão do discurso do presidente sul-coreano Moon-Jae-in, que completa hoje três anos no poder. AFP - JUNG YEON-JE
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Mais de cinquenta novos casos de contaminação pelo novo coronavírus foram relacionados a um homem de 29 anos que obteve resultado positivo depois de frequentar cinco clubes e bares no fim de semana passado em Itaewon, um dos distritos na moda em Seul. As autoridades sanitárias temem um novo surto da doença, uma vez que cerca de 7.200 pessoas estiveram nos cincos estabelecimentos frequentados pelo paciente com a Covid-19.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, pediu que as pessoas ficassem vigilantes, pois o país, que foi um dos maiores focos de contaminação do mundo em fevereiro, conquistou a admiração de capitais estrangeiras por seus resultados na luta contra a nova pneumonia viral.

A província de Gyeonggi, que circunda Seul e tem 12 milhões de habitantes, também decretou o fechamento de 5.700 estabelecimentos por duas semanas a partir de domingo (10). Dos 34 novos casos positivos do Covid-19 registrados nas últimas horas na Coreia do Sul, 24 foram relacionados ao surto de Itaewon, de acordo com os Centros Coreanos de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC). "Só podemos lamentar o surgimento de uma nova cadeia de contaminação nas boates de Itaewon", disse Jeong Eun-kyeong, diretor do KCDC.

O país estava no processo de retornar a uma vida normal. As autoridades haviam flexibilizado na quarta-feira (6) as regras de distanciamento social em vigor desde março.

"Novo surto pode surgir a qualquer momento"

A nova fonte de contaminação "aumenta a consciência de que esse tipo de situação pode surgir a qualquer momento, mesmo durante a fase de estabilização", afirmou o presidente sul-coreano. "Não vai acabar até realmente acabar", disse Moon em um discurso pelo terceiro aniversário de sua posse. "Nunca devemos baixar a guarda quando se trata de prevenir a epidemia."

A Coreia do Sul foi o segundo país mais afetado no mundo pelo coronavírus no final de fevereiro, depois do surgimento da doença na China. A epidemia se propagou no território sul-coreano a partir de uma mulher infectada com o vírus que contaminou muitos seguidores de uma organização religiosa acusada por alguns de ser uma seita. Mas as autoridades conseguiram conter a situação implementando uma estratégia agressiva de "rastreamento, teste e tratamento", que recebeu muitos elogios. Ela é reconhecida internacionalmente como modelo em sua gestão da crise da saúde.

 As ruas normalmente lotadas de Itaewon estavam  desertas na tarde de domingo, com alguns bares e boates exibindo pôsteres anunciando um "fechamento temporário".

Locais públicos como museus e galerias de arte acabaram de reabrir e as temporadas profissionais de alguns dos esportes mais populares do país, como beisebol e futebol, também começaram, com semanas de atraso por causa do vírus. As escolas devem reabrir na Coreia do Sul dentro de uma semana.

Com informações de agências

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