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Coreia do Norte dispara novos mísseis de cruzeiro na véspera de eleição na Coreia do Sul

A Coreia do Norte disparou nesta terça-feira (14) vários mísseis de cruzeiro de curto alcance no Mar do Japão. Os testes ocorrem na véspera das eleições legislativas na vizinha Coreia do Sul e também das celebrações do 108° aniversário do fundador do regime, Kim Il Sung, avô do atual líder comunista, Kim Jong Un.

O líder norte-coreano Kim Jong Un. Coréia do Norte (KCNA), em Pyongyang, em 12 de abril de 2020.
O líder norte-coreano Kim Jong Un. Coréia do Norte (KCNA), em Pyongyang, em 12 de abril de 2020. via REUTERS - KCNA
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Segundo um comunicado do exército sul-coreano, "vários mísseis", considerados "mísseis de cruzeiro de curto alcance", foram lançados da cidade norte-coreana de Munchon, no leste do país. Os disparos acontecem no momento em que a atenção da comunidade internacional está voltada à luta contra a pandemia do novo coronavírus. O governo norte-coreano afirma estar livre de qualquer caso da Covid-19.

Nos últimos anos, a Coreia do Norte – um país que possui a bomba atômica –, disparou vários mísseis balísticos capazes de voar em alta altitude e atingir com precisão o alvo desejado, mas os engenhos sempre caíram em águas da região. Os testes costumam ser usados por Pyongyang para exibir seu poderio militar e pressionar a comunidade internacional a reduzir as sanções em vigor contra o país, considerado o mais fechado no mundo. Pyongyang também possui ICBMs (mísseis balísticos intercontinentais) capazes de atingir todo o território continental dos Estados Unidos.

Os mísseis de cruzeiro testados nesta terça-feira voam em baixa altitude, às vezes a apenas alguns metros da superfície, o que os torna mais difíceis de detectar. Eles exigem sistemas de orientação muito sofisticados para atingir seu objetivo. De acordo com especialistas, os testes realizados com esse tipo de equipamento não violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbem os mísseis balísticos.

Fotos analisadas

"A Coreia do Sul e os serviços de inteligência americanos estão examinando de perto as questões relacionadas aos disparos", indicou um comunicado do Estado-Maior divulgado em Seul.

O regime do líder norte-coreano Kim Jong Un sofre várias sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que tenta forçar o país a desistir de seus programas nucleares e balísticos proibidos.

Em junho de 2017, Pyongyang testou com sucesso um novo míssil de cruzeiro terra-mar destinado a atingir qualquer embarcação "inimiga" que ameaçasse a Coreia do Norte. Pyongyang afirmou, na época, que "os mísseis lançados detectaram com precisão alvos flutuantes no mar a leste da Coreia". Na semana anterior ao disparo, dois porta-aviões americanos tinham efetuado exercícios militares na mesma área. Os mísseis percorreram aproximadamente 200 quilômetros antes de cair no mar. Especialistas estimaram que o equipamento apresentava uma melhoria de desempenho em comparação com um teste de 2015, durante o qual um míssil terrestre havia viajado a metade dessa distância (100 quilômetros).

Em 2017, Kim Jong Un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram insultos e ameaças de guerra nuclear. No ano seguinte, protagonizaram uma reaproximação histórica. No entanto, as negociações entre Washington e Pyongyang estão paralisadas desde o fiasco da segunda cúpula entre Trump e Kim, ocorrida em fevereiro de 2019 em Hanói, apesar de um encontro muito simbólico entre os dois homens ter acontecido em junho na zona desmilitarizada que divide a península coreana.

Com informações de agências

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