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Pandemia

Covid-19 passa de epidemia para pandemia: entenda a diferença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu nesta quarta-feira (11) que a epidemia de Covid-19, que infectou mais de 110.000 pessoas em todo mundo desde o final de dezembro, já pode ser considerada uma “pandemia”. A nomenclatura é a mesma usada para surtos como a gripe espanhola ou a peste.  

Casos de coronavírus já foram registrados em mais de 100 países, o que levou a OMS a considerar o surto uma "pandemia"
Casos de coronavírus já foram registrados em mais de 100 países, o que levou a OMS a considerar o surto uma "pandemia" REUTERS/Borut Zivulovic
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"Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de propagação e de gravidade, bem como com os níveis alarmantes de inação" no mundo, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva na sede da organização da ONU, em Genebra. "Consideramos, então, que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia", afirmou.

Para a OMS, uma “epidemia” corresponde à propagação de uma nova doença em um grande número de indivíduos, que não foram imunizados, em uma região específica. Já a “pandemia” diz respeito a uma doença que se alastrou em escala mundial, em mais de dois continentes.

Mesmo se esse patamar já havia sido atingido há semanas, organização evitava usar o termo. Em 2003, quando o SARS, outro coronavírus vindo da Ásia, se propagou pelo mundo, a OMS não chegou a considera-lo como “pandemia”, alegando que o vírus havia sido contido rapidamente e que a maior parte dos casos se concentrava em apenas alguns países.  

No entanto, insiste o diretor da OMS, “descrever a situação como uma pandemia não muda a avaliação da ameaça que representa esse coronavírus. Isso não muda o que a OMS tem feito, nem o que os países devem fazer”, martelou.

Mesmo assim, a mudança de nível pode acarretar uma mudança de estratégia da organização que, diante de uma pandemia, geralmente intensifica suas medidas para tentar atenuar o impacto do vírus.  

Número de países afetados triplicou em duas semanas

Nas duas últimas semanas, o volume de casos fora da China multiplicou 13 vezes e o número de países afetados triplicou, segundo. E, segundo Ghebreyesus, esse balanço deve aumentar "nos próximos dias e semanas”.

Atualmente, mais de 118 mil pessoas foram contaminadas em mais de 100 países. Pelo menos 4.200 vítimas fatais já foram registradas.

A organização voltou a pedir aos países que atuem para "conter" o Covid-19, que já matou mais de 4.000 pessoas no mundo inteiro. "Devemos ser mais agressivos", insistiu Ghebreyesus, enfatizando que essa "pandemia" pode "ser controlada".

Peste e gripe espanhola são exemplos de pandemias

O mundo registrou poucas pandemias nos últimos séculos. Uma das mais recentes, e também uma das mais devastadoras da história, foi a gripe espanhola, detectada em 1918, logo após a Primeira guerra mundial. Estima-se que entre um quarto e um terço da população mundial foi afetada e dezenas de milhões de pessoas morreram.

Outra pandemia importante foi a peste. Entre 1347 à 1353 ela matou entre 25 e 34 milhões de pessoas, o equivalente a mais de um terço da população europeia da época.

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