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Coronavírus: Belém, na Cisjordânia, é fechada a turistas e peregrinos

A cidade de Belém, local emblemático do nascimento de Jesus na tradição cristã, localizado em território palestino, foi considerada em estado de emergência sanitária por causa da epidemia de Covid-19. De acordo com as autoridades locais, casos de coronavírus foram detectados no local, que está completamente fechado para turistas.

As autoridades palestinas declararam na quinta-feira (5) um estado de emergência de saúde por 30 dias, uma proibição de duas semanas para estadias de turistas na Cisjordânia e o fechamento da Basílica da Natividade em Belém.
As autoridades palestinas declararam na quinta-feira (5) um estado de emergência de saúde por 30 dias, uma proibição de duas semanas para estadias de turistas na Cisjordânia e o fechamento da Basílica da Natividade em Belém. Musa Al SHAER / AFP
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Desde sexta-feira (6), as autoridades israelenses, em coordenação com a Autoridade Palestina, impedem a entrada e saída de turistas para Belém, a principal cidade turística do território palestino.

Sete pessoas contraíram o novo coronavírus na Cisjordânia, afirmaram autoridades palestinas, que na quinta-feira (5) declararam estado de emergência por 30 dias, além do fechamento da Basílica da Natividade e da proibição, durante duas semanas, de estadias de turistas no território ocupado por Israel.

Quase uma cidade-fantasma

“A cidade está em estado de choque”, lamenta Fadi Kattan, dono de um restaurante palestino. “Tudo foi cercado pelas autoridades palestinas com a proibição de deixar a cidade de Belém. É um fechamento duplo, uma vez que palestinos, turistas e israelenses foram proibidos de entrar e sair da cidade. Existem 19 casos de coronavírus em dois hotéis, temos 16 pessoas em um hotel e três pessoas em outro. Obviamente, houve uma decisão imediata de fechar todo o complexo. E então, aconteceu uma coisa inédita nos últimos séculos, o fechamento da Igreja da Natividade e de todas as igrejas e mesquitas da cidade. A cidade é quase uma cidade-fantasma", diz.

As medidas terão consequências econômicas que prometem ser dolorosas, segundo ele. "O grande choque foi ver que esse vírus veio do turismo, sendo que a própria cidade sobrevive graças a essa atividade. Algumas horas atrás, eu andava pela rua da Estrela, que é por onde as pessoas chegam, os peregrinos normais, tudo está completamente deserto”, afirma. “São cenas bastante chocantes. Janeiro e fevereiro tradicionalmente são meses calmos em termos de turismo. Março é o mês em que o movimento recomeça e quando a cidade encontra um novo ar de dinamismo, com a maratona de Belém e, imediatamente após, as celebrações da Páscoa e do Ramadã. Hoje, todos os hotéis estão fechados. É triste", lamenta o comerciante.

Em Belém foram identificados os primeiros casos da doença por Covid-19 na Cisjordânia. No lado israelense, 21 casos do novo coronavírus foram confirmados até o momento, levando as autoridades a proibir viajantes de muitos países asiáticos e europeus, incluindo a França e a Alemanha, de entrarem no país.

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