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Israel / Palestina / Expulsão

Israel adia mas não desiste de demolição de aldeia beduína

Israel adiou a demolição da aldeia beduína de Khan al-Amar na Cisjordânia. A localidade é ocupada por em torno de 200 pessoas, acusadas pelo país de se apropriar ilegalmente de uma área entre dois assentamentos israelenses. O vilarejo atraiu atenção internacional ao se tornar símbolo da resistência à ocupação e colonização israelense na região. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, adiou o plano de demolir a aldeia e disse que "a intenção é dar uma chance às negociações", mas ressaltou que não tem a intenção de postergar indefinidamente a ação.

Manifestação na Cisjordânia neste domingo (21) depois do anúncio do adiamento do projeto de demolição da aldeia de Khan al-Ahmar.
Manifestação na Cisjordânia neste domingo (21) depois do anúncio do adiamento do projeto de demolição da aldeia de Khan al-Ahmar. REUTERS/Mohamad Torokman
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O adiamento provocou reações negativas dos aliados do primeiro-ministro na sua coalizão de governo e o seticismo dos habitantes do local, que duvidam que seja possível encontrar uma solução amigável. O prazo exato do adiamento ainda será determinado pelo gabinete de segurante que deve se reunir no final deste domingo (21).

Moradores permanecem na aldeia

Também neste domingo, os moradores da aldeia beduína reiteraram sua intenção de permanecer no local. "Nossa estratégia é ficar na nossa terra, e não vamos deixar", disse Eid al-Jahalin, acrescentando que a decisão de Israel "pode mudar a qualquer momento". De acordo com outro morador, Ibrahim Abu Dahuk, o anúncio do adiamento poderia ser um "truque" para que os ativistas que defendem a aldeia fossem embora antes da expulsão de beduínos e da demolição de suas casas.

As autoridades determinaram a evacuação do vilarejo depois de anos de uma batalha jurídica que chegou à Suprema Corte. Israel planeja demolir Khan al Ahmar e realocar a população a 12 km da cidade, perto da aldeia palestina de Abu Diga e ao lado de um depósito de lixo. Este projeto provocou revolta entre palestinos e críticas de países europeus. Oito membros da União Europeia haviam pedido, em setembro, que Israel revisse sua decisão e, na última quarta-feira (17), o promotor do Tribunal Penal Internacional alertou o país de que uma "evacuação forçada" poderia constituir um crime de guerra.

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