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Terremoto/Iraque

Mais de 400 mortos: terremoto deixa rastro de destruição no Irã

Equipes de resgate iranianas procuravam nesta segunda-feira (13) possíveis sobreviventes do terremoto de 7,3 graus de magnitude, que sacudiu o oeste do Irã e várias regiões iraquianas na noite de domingo, deixando mais de 400 mortos e milhares de feridos.

Prédios destruídos por terremoto na região autônoma do Curdistão, em 13 de novembro de 2017.
Prédios destruídos por terremoto na região autônoma do Curdistão, em 13 de novembro de 2017. REUTERS/Ako Rasheed
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A maior parte das vítimas da catástrofe foi registrada no Irã, onde o balanço provisório subiu à noite para ao menos 421 mortos e mais de 7,3 mil feridos, todos na província ocidental de Karmanshah, fronteiriça com o Iraque, onde o balanço oficial era de pelo menos oito mortos e 336 feridos.

Com o cair da noite, as autoridades enfrentavam o desafio de abrigar e alimentar dezenas de milhares de pessoas obrigadas a dormir ao relento pela segunda noite seguida. "As necessidades imediatas das pessoas são tendas, água e alimentos", declarou à televisão estatal iraniana o general Mohamad Ali Yafari, chefe dos Guardiões da Revolução, o Exército de elite da República Islâmica, durante uma visita às zonas atingidas.

"Os imóveis construídos recentemente resistiram bem, mas as velhas casas de terra ficaram totalmente destruídas", disse, acrescentando que espera que as operações de limpeza terminem antes do escurecer. A imprensa internacional não recebeu autorização para ir ao local da catástrofe nesta segunda-feira.

Destruição total: hospital e escolas atingidos

O epicentro do tremor se situou a 50 km ao norte de Sar-e Pol-e Zahab, cidade mais afetada pelo terremoto, onde morreram 280 pessoas. De acordo com a imprensa iraniana, uma mulher e um bebê foram resgatados com vida entre os escombros durante a manhã nesta cidade de 85 mil habitantes.

A televisão estatal exibiu imagens gravadas durante a noite em Sar-e Pol-e Zahab que mostram edifícios de cinco ou seis andares com as fachadas destruídas, mas cujas estruturas resistiram ao tremor. Fotografias da agência Isna tiradas de manhã na mesma cidade mostram carros esmagados após o desabamento de muros. Segundo responsáveis locais, o hospital e metade das escolas da zona ficaram danificados.

Na província vizinha de Dalahoo, muitas localidades ficaram completamente destruídas de acordo com o prefeito local, citado pela agência Tasnim.

O governo anunciou ter distribuído 22 mil tendas, 52 mil cobertores, quase 17 toneladas de arroz, 100 mil alimentos em conserva e mais de 200 mil garrafas de água.

Reabertura de rotas

No final da tarde, as autoridades locais indicaram que todas as estradas que foram fechadas pelos deslizamentos de terra voltaram a abrir na província de Kermanshah, mas o fornecimento de energia ainda não havia sido restabelecido em Sar-e Pol-e Zahab, segundo a televisão estatal.

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou ao governos e às forças de segurança que mobilizem "todos os recursos" para ajudar a população. Segundo meios de comunicação iranianos, centenas de ambulâncias e dezenas de helicópteros do Exército foram enviados para operações de resgate. Também foram evacuados 200 feridos por avião para hospitalização em Teerã.

De acordo com Instituto de Geofísica da Universidade de Teerã, o terremoto foi seguido mais de 150 tremores secundários, os mais fortes de até 4,7 graus na escala Ritcher. O terremoto alcançou todas as províncias do Iraque, enquanto na capital, Bagdá, foi sentido durante 20 segundos.

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