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China/relatório

China é campeã de execuções de pena de morte em 2016, diz Anistia Internacional

A China é o país que mais executou condenados à morte em 2016, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (11) pela Anistia Internacional.

O relatório sobre a pena de morte publicado pela Anistia Internacional
O relatório sobre a pena de morte publicado pela Anistia Internacional (Foto: Reuters)
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O relatório denuncia que muitas das sentenças de morte na China foram omissas da base de dados pública, o que sugere um esforço deliberado de esconder o alcance real das execuções no país.

Segundo a imprensa local, houve 931 execuções entre 2014 e 2016, mas elas não aparecem na base estatal de dados. As ONGs denunciam veredictos equivocados, confissões forçadas e ausência de uma defesa efetiva nos tribunais chineses. No total, 1032 foram executadas no mundo no ano passado. O número representa uma redução de 37% em relação a 2015. Os cinco países que mais concretizaram execuções em 2016 foram, nesta ordem, China, Irã (567), Arábia Saudita (154), Iraque (145) e Paquistão (87).

Os métodos usados nas execuções vão desde as decapitações (Arábia Saudita), até enforcamentos (Afeganistão, Bangladesh, Botsuana, Egito, Irã, Iraque, Japão, Malásia, Nigéria, Paquistão, Palestina, Cingapura, Sudão do Sul), passando pelas injeções letais (China, Estados Unidos, Vietnã) e os fuzilamentos (Belarus, China, Indonésia, Coreia do Norte, Palestina, Arábia Saudita, Somália e Taiwan).

"A China é o único país que mantém um regime de completo segredo sobre as execuções", explicou o diretor da Anistia para o leste da Ásia, Nicholas Bequelin, em uma entrevista coletiva em Hong Kong. "Provavelmente, o motivo é que os números são tão elevados que a China não deseja ser (vista) como um completo caso à parte no mundo".

Um relatório de 2016 da Fundação Dui Hua, baseada nos Estados Unidos, revelou que a média de permanência de um condenado no corredor da morte na China é de apenas dois meses antes da execução.

Mortes caem nos Estados Unidos

Em contrapartida, o número de penas de morte aplicadas nos Estados Unidos caiu para mínimos históricos em 2016. No mundo todo, houve uma diminuição de 37%, revelou nesta terça-feira a ONG Anistia Internacional.

Nos Estados Unidos, as 32 penas de morte em 2016 representam o número mais baixo desde 1973. Pela primeira vez o país saiu do ranking dos cinco países que mais executaram prisioneiros desde 2006. Para Salil Shetty, secretária-geral da organização com sede em Londres, é "um sinal de esperança para os ativistas que, durante tanto tempo, fizeram campanha para acabar com a pena capital".

(Com informações da AFP Brasil)
 

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