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Crime

Duas mulheres serão indiciadas pelo assassinato do meio-irmão do líder norte-coreano

Duas mulheres serão indiciadas pelo assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do dirigente norte-coreano Kim Jong-un, com um agente neurotóxico, no aeroporto de Kuala Lumpur. O governo norte-coreano enviou um diplomata experiente à Malásia para tentar recuperar o corpo.

Kim-Jong-nam foi assassiado no aeroporto de Kuala Lampur
Kim-Jong-nam foi assassiado no aeroporto de Kuala Lampur TOSHIFUMI KITAMURA / AFP
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As autoridades da Coreia do Sul acusaram o regime comunista da Coreia do Norte de estar por trás do assassinato e de ter contratado as duas mulheres, uma indonésia e outra vietnamita, para executar o ataque.

"Elas serão indiciadas por um tribunal em virtude do artigo 302 do código penal relativo a assassinato", afirma uma mensagem enviada pelo procurador-geral da Malásia, Mohamed Apandi Ali.

As duas foram detidas pouco depois do assassinato e podem ser condenadas à pena de morte por enforcamento. Elas serão levadas a um tribunal nesta quarta-feira (1°).

Nas imagens das câmeras de segurança obtidas pela imprensa é possível observar o momento em que elas se aproximamde Kim Jong-nam pelas costas, quando uma delas joga algo no rosto da vítima.

Em seguida, Kim fala com dois guardas, que o levam para a clínica do aeroporto. Ele morreu menos de 20 minutos depois, quando era encaminhado para um hospital.

Arma de destruição de massa

O VX é uma versão mais letal do gás sarin, insípido e inodoro, extremamente tóxico. Ele age estimulando excessivamente as glândulas e os músculos, o que cansa rapidamente as vítimas e ataca a respiração. A substância é considerada arma de destruição em massa e seu uso está proibido em todo o mundo.

Uma das suspeitas do assassinato, Siti Aisyah, uma indonésia de 25 anos, afirmou que recebeu o equivalente a U$ 90 para participar do que ela acreditava ser uma "pegadinha" de um programa de TV, de acordo com uma fonte diplomática.

Segundo essa versão, ela acreditava que a substância era "óleo para bebês". Ela também afirmou que não conhecia a outra suspeita, Doan Thi Huong, uma vietnamita de 28 anos, que também declarou às autoridades que acreditava estar participando de um programa.

Na localidade vietnamita de Quan Phuong, a sogra de Huong pediu um julgamento justo. "Deve pagar o preço se realmente fez isso. Não acredito que ela seja suficientemente corajosa para fazer algo assim", disse Nguyen Thi Vy.

Um terceiro suspeito, Ri Jong-Chol, norte-coreano de 46 anos, também foi detido na Malásia. O procurador-geral não informou se ele será indiciado.
 

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