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Nomeação de chinês à frente da Interpol preocupa ONGs

Nesta quinta-feira (10), um chinês foi eleito presidente da Interpol, a organização internacional da polícia criminal, que tem 190 países-membros. ONGs temem que a China use a organização para prender dissidentes e refugiados chineses no exterior.

Meng Hongwei, o novo presidente da Interpol
Meng Hongwei, o novo presidente da Interpol REUTERS/Stringer
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Meng Hongwe é vice-ministro da Segurança da China, organismo que reúne as polícias secreta e federal, assim como tribunais. Ele substitui a francesa Mireille Ballestrazzi. Sua indicação, a primeira de um chinês no cargo, acontece no mesmo momento em que o gigante asiático lançou uma campanha" anti-corrupção" para repatriar fugitivos do exterior.

Nicolas Bequelin, responsável pela ONG Anistia Internacional no leste da Ásia, justifica a preocupação: "Faz anos que a China utiliza a Interpol com fins políticos, para obter informações ou repatriar pessoas que buscam asilo no estrangeiro como ouigours, tibetanos, acusados de crimes políticos ou supostos terroristas, inclusive por atos que não são crime no direito internacional, mas somente na China", ele diz, ressaltando que a nomeação na Interpol vai ajudar a China a legitimar os pedidos de cooperação com outros países a fim de trazer de volta suspeitos de crimes que não foram cometidos, e dissidentes.

Anistia Internacional pediu à Interpol que fique atenta quanto à natureza das demandas da China. Desde que chegou ao poder, no final de 2012, o presidente Xi Jinping lançou uma vasta campanha anti-corrupção que condenou mais de um milhão de funcionários.

 

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