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Turquia multiplica ataques contra grupo Estado Islâmico na Síria

 A Turquia multiplicou nesta terça-feira (23) os ataques contra posições do grupo Estado Islâmico na Síria. A artilharia turca lançou 40 mísseis contra o norte da Síria em resposta a tiros de foguete jihadistas que visaram uma cidade turca perto da fronteira, sem deixar vítimas.

O chanceler turco Mevlut Cavusoglu: "não queremos o grupo Estado Islâmico no Iraque ou na Síria".
O chanceler turco Mevlut Cavusoglu: "não queremos o grupo Estado Islâmico no Iraque ou na Síria". REUTERS/Umit Bektas
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 Com informações de Grégoire Pourtier, correspondente da RFI em Nova Iorque

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou, após o atentado que deixou mais de 50 mortos em Gaziantep, no último final de semana, que a Turquia vai expulsar o grupo Estado Islâmico da região fronteiriça.

Na segunda-feira (22), o exército turco bombardeou intensamente posições do grupo jihadista e das milícias curdas que combatem o grupo Estado Islâmico na Síria visando abrir um corredor para os rebeldes moderados no norte do país, segundo Ancara. A Turquia também posicionou blindados perto da fronteira síria.

Na tarde desta terça-feira (23), Ancara ordenou a evacuação de uma cidade turca, que se posiciona geograficamente em frente à cidade síria de Jarablos. "Nós não queremos o grupo Estado Islâmico no Iraque ou na Síria. Vamos fornecer todos os tipos de suporte para a operação destinada a expulsar os jihadistas de Jarablos", disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, em conferência de imprensa. 

ONU realiza balanço “aterrorizante” da crise humanitária na Síria

Em Nova York, o Conselho de Segurança de ONU forneceu mais detalhes nesta segunda-feira (22) sobre o balanço da situação na Síria, e a crise parece cada vez mais grave. Não só o processo político está parado, mas também a situação humanitária continua a se deteriorar diariamente. A população já não recebe ajuda: nenhum comboio com itens de sobrevivência ou primeiros socorros pôde ser entregue durante todo o mês de agosto de 2016.

A cidade de Alepo é o símbolo desta situação. As forças que participam do conflito, de ambos os lados, não assumem nenhuma responsabilidade na crise humanitária que devasta o país. Apesar do recente apoio russo para um cessar-fogo semanal de 48 horas, as Nações Unidas solicitaram novamente o empenho de todos para conseguir enviar ajuda à região.

A avaliação feita pelo chefe das operações humanitárias da ONU, Stephen O'Brien, é clara: “aterrorizante”. Tudo está organizado para viabilizar envios de emergência, segundo O'Brien, mas as equipes humanitárias temem pela falta de segurança- pelo menos 130 “capacetes brancos” já foram mortos. Destinado a ser colocado em prática em setembro deste ano, um plano foi apresentado às autoridades sírias para retomar o fornecimento a 34 cidades do país sob cerco militar ou de difícil acesso, destinado a ajudar cerca de 2 milhões de civis.
 

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