Ataque em Cabul foi contra Espanha, diz governo
O atentado reivindicado pelos talibãs realizado no centro da capital, Cabul, foi um ataque contra a Espanha, declarou o governo espanhol neste sábado (12). Dois cidadãos do país e dois afegãos que trabalham na embaixada morreram.
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Em comunicado, o governo espanhol qualificou o atentado de "terrorista" e denunciou um ataque contra a Espanha e a colaboração de Madri com o reforço da democracia no Afeganistão.
Os talibãs disseram que o ataque visava um local frequentado por estrangeiros, sem mencionar a embaixada espanhola em Cabul. No comunicado, o governo espanhol disse que uma investigação foi aberta e nenhuma hipótese está excluída.
O ataque começou na tarde de sexta-feira com a explosão de um carro-bomba diante da representação diplomática. Na sequência, três homens invadiram a embaixada e houve intensa troca de tiros durante mais de uma hora.
O primeiro policial espanhol morreu logo após a explosão do veículo e o segundo, ferido no tiroteio, não resistiu durante sua transferência ao hospital.
Durante o ataque, várias pessoas se refugiaram em dois "bunkers" no interior do complexo só saíram na madrugada deste sábado, ao final da intervenção das forças especiais afegãs. Segundo o ministério do Interior do Afeganistão, todos os terroristas foram mortos na ação.
Na sexta-feira, o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que está em campanha eleitoral, negou que o ataque tinha visado a embaixada e chegou a dizer que "tudo estava bem". Logo depois, ele voltou a fazer declarações no sentido contrário para anunciar a morte do primeiro policial. Rajoy suspendeu um comício de campanha no sul da Espanha.
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