Acessar o conteúdo principal
Guerra/Síria

“Governo sírio bombardeia mercados públicos lotados”, acusa ONU

O governo da Síria reagiu nesta terça-feira (18) às críticas feitas pelo enviado especial da ONU ao país. O regime de Bashar al-Assad acusa o observador de faltar com o princípio da neutraildade. Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU aprovou um novo plano de paz para a Síria, contando com o sinal verde da Rússia e de outros 14 países.

Mercado nos arredores de Damasco atingido pelas forças de Bashar al-Assad.
Mercado nos arredores de Damasco atingido pelas forças de Bashar al-Assad. REUTERS/Bassam Khabieh
Publicidade

O plano foi aprovado um dia depois de um bombardeio aéreo atribuído ao regime de Damasco que deixou quase 100 mortos no reduto rebelde de Ghouta Oriental, perto da capital. O enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, chamou o ataque de “inaceitável”. “Um governo atingir mercados públicos lotados matando quase uma centena de seus cidadãos é inaceitável em qualquer circunstância”, criticou De Mistura.

O governo sírio reagiu dizendo que o observador não seria neutro em suas avaliações, “fazendo declarações que carecem de objetividade e que se baseiam no discurso de grupos conhecidos por serem hostis à Síria”. Mas a acusação contra Damasco parte não só do observador, mas também do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Acordo de paz

O acordo de paz aprovado na noite de segunda-feira por uma rara unanimidade no Conselho de Segurança prevê que, a partir de setembro, quatro grupos de trabalho irão discutir temas como segurança, contra-terrorismo, questões políticas e legais, além do processo de reconstrução da Síria, que está há cinco anos mergulhada em um conflito sangrento.

A Venezuela, no entanto, expressou reservas sobre diversas partes do documento, que tem 16 pontos. O plano prevê uma transição política na Síria com a criação de um gabinete formado por consenso e que garanta o funcionamento das instituições do país.

Mais de 240 mil pessoas morreram na Síria desde o início do conflito, causado por uma série de protestos anti-governo em março de 2011.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.