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Síria/Estado Islâmico

Jihadista esquece de desativar geolocalização no celular e é rastreado por agências de segurança

Integrante do grupo Estado Islâmico, o jovem neo-zelandês Mark John Taylor, conhecido como Abou Abdoulrahmane, publicou diversas mensagens em sua conta no Twitter, mas sem desativar a geolocalização. O resultado: suas ações foram rastreadas pelos serviços secretos que acompanham a atividade dos terroristas.

O jihadista neo-zelandês Mark John Taylor publica um selfie.
O jihadista neo-zelandês Mark John Taylor publica um selfie. (Foto: Reprodução)
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O jihadista só se percebeu que sua localização estava ativada depois de enviar 45 tweets em sua conta (@M_Taylor_Kiwi). Só então o jovem neo-zelandês apagou suas mensagens, mas já era tarde demais. O site canadense Ibrabo, especializado no rastreamento dos jihadistas, já havia reconstituído o mapa dos territórios na Síria ocupados pelo grupo Estado Islâmico e percorrido por Taylor. Entre eles, Kafar Roma, que o combatente deixou em outubro depois de uma ofensiva das forças armadas sírias, e Rakka, em dezembro.

O site chegou até mesmo a localizar uma casa onde ele passou cerca de uma semana no sudoeste da cidade de Tabka. De acordo com o site, Taylor não é o primeiro jihadista a esquecer de desativar sua geolocalização. Diversos combatentes do Canadá, França e outros países cometem o mesmo erro básico.

Jihadista também publica selfie

Além de ter informado os serviços secretos de seus deslocamentos, o jovem neo-zelandês também acabou denunciando por acaso um combatente ao publicar um selfie: o outro jihadista aparece no fundo e pode ser identificado.

Taylor é suspeito de atividades terroristas desde 2009, depois de uma viagem ao Paquistão, onde ele foi preso suspeito de ter ligações com a Al Qaeda. O jihadista neo-zelandês chegou à Síria em junho, passando pela Turquia. Em setembro, ainda em Aleppo, Taylor anunciou ter entrado em contato com as autoridades do país para obter um novo passaporte, já que havia queimado o seu. Mas o jovem provavelmente não obteve o documento, já que anunciou em uma das mensagens no Twitter que ficaria para sempre no território controlado pelo grupo Estado Islâmico.

Grupo Estado Islâmico proíbe produtos Apple

De acordo com o jornal francês Le Monde, o grupo Estado Islâmico divulgou uma circular no final de dezembro pedindo aos seus combatentes que desativassem o GPS de seus celulares e outros aparelhos eletrônicos, além de proibir todos os produtos da Apple. A organização terrorista também vem alertando seus membros sobre o risco da exposição nas redes sociais.
 

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