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Iraque/Estado Islâmico

Civis continuam bloqueados em Kobani apesar da resistência curda

As forças curdas estão tendo dificuldades para retirar os civis bloqueados em Kobani, cidade situada na fronteira da Turquia e submetida a uma ofensiva jihadista do Estado Islâmico. A coalizão internacional realizou nesta sexta-feira (17) novos ataques contra as principais posições do grupo Estado Islâmico (EI) na cidade.

Os civis continuem entre o fogo cruzado entre o Grupo Estado Islâmico e as forças curdas
Os civis continuem entre o fogo cruzado entre o Grupo Estado Islâmico e as forças curdas RFI
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De acordo com o presidente da região de Kobani, Anwar Moslem, há civis bloqueados no centro e no sul da cidade, mas a evacuação deles é difícil por conta das emboscadas armadas pelos extremistas e os tiros de foguete. O número exato de pessoas presentes na cidade ainda é desconhecido. Segundo a ONU, eles seriam cerca de 700, sendo que entre 10 e 13 mil estão próximos da fronteira, temendo um massacre.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, muitos civis se recusam a partir e preferem morrer na cidade. De acordo com Mostem, os ataques aéreos da coalizão internacional destruíram vários veículos de artilharia, prejudicando o avanço dos jihadistas, mas os extremistas esconderam parte do armamento dentro das casas para protegê-los dos ataques.

Kobani é símbolo da resistência ao EI

Mais de um mês depois do início da ofensiva do Estado Islâmico em Kobani, os curdos continuam resistindo ao avanço jihadista. A cidade se tornou o símbolo de resistência da luta contra o grupo sunita radical, responsável por várias atrocidades no Iraque e na Síria. Hoje, a coalizão internacional lançou novos ataques contra as posições do EI.

Os Estados Unidos efetuaram seis bombardeios contra o grupo em Kani Arabane, um bairro no leste, depois de visar um quartel controlado pelo grupo Estado Islâmico no norte. "Há uma coordenação entre as forças curdas e americanas", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Abdel Rahmane.

Do lado turco da fronteira, o barulho de troca de tiros podia ser ouvido pela manhã, provenientes do leste da cidade situado a menos de um quilômetro de Mursitpinar. Há alguns dias, Kobani parecia ter se rendido aos jihadistas, mas a resistência curda e os bombardeios conseguiram conter o avanço dos extremistas.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, reconhece que Kobani não era “necessariamente um ponto estratégico”. O importante, diz, é o fato de que o EI se concentre na região, criando mais alvos para a coalizão. A Turquia também enviou tropas e tanques para a região, mas sem intervir.

 

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