Manifestações pró-democracia preocupam as autoridades chinesas
A mobilização dos manifestantes pró-democracia continua em Hong Kong e preocupa as autoridades de Pequim. Líderes estudantis ameaçam intensificar suas ações se o chefe executivo local não se demitir do cargo. Ele é considerado uma marionete de Pequim.
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Da correspondente da RFI em Hong Kong, Luiza Duarte.
A China reforça seu apoio ao chefe do executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying. A região autônoma entra, nesta quinta-feira (2), em mais um dia de protestos pacíficos por eleições livres. Na mesma data, o jornal estatal chinês PeoplesDaily afirma que Pequim não está apenas defendendo seus interesses e segurança, mas, também, os de Hong Kong.
A publicação acrescenta que o governo central vai apoiar a polícia contra as manifestações que são consideradas ilegais. Já o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, alertou os Estados Unidos para que não interfiram em assuntos internos.
Na quarta-feira (1), festa nacional chinesa, os estudantes subiram o tom e deram um ultimato ao chefe do executivo de Hong Kong. Eles exigem que o líder do governo deixe o cargo nas próximas horas. Os manifestantes pró-democráticos ameaçam ocupar prédios públicos se necessário.
Segurança reforçada
O policiamento foi reforçado nas proximidades da sede do governo nesta manhã, mas sem incidentes até o momento. Pequim suspendeu as viagens de grupos de turistas chineses para Hong Kong, em uma tentativa de evitar que estas manifestações se espalhem para a China. Vistos de turismo individuais continuam sendo liberados. As autoridades alegam que a medida foi tomada por motivos de segurança.
O movimento apelidado de "Revolução do Guarda-Chuva" ganhou força nas últimas semanas, em resposta a decisão de Pequim de pré-selecionar os candidatos às eleições para o comando de Hong Kong, previstas para 2017.
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