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Israel/ palestinos

Israelenses e palestinos retomam negociações para ampliar cessar-fogo

Depois de três dias de interrupções, as negociações indiretas entre israelenses e palestinos recomeçaram neste domingo (17) no Cairo (Egito), para tentar chegar a um cessar-fogo de longa duração na Faixa de Gaza. O prazo da trégua em vigor se encerra na segunda-feira à meia-noite. Israelenses e palestinos indicam pouca flexibilidade em ceder em suas posições.

Palestinos aproveitam a trégua em Gaza para resgatar objetos em meio a destroços.
Palestinos aproveitam a trégua em Gaza para resgatar objetos em meio a destroços. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Os diálogos, intermediados pelo Egito, foram retomados sem a participação de alguns membros dos grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica, que chegariam nesta noite à capital egípcia. Também o Fatah e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, participam das negociações, do lado palestino, e já estão no Cairo.

A exemplo dos diálogos que conduziram ao atual cessar-fogo, firmado na quarta-feira, a principal desavença entre as duas partes permanece sobre o fim do bloqueio de Israel a Gaza e a desmilitarização da Faixa de Gaza.

Resistências dos dois lados

“Nós só aceitaremos um cessar-fogo se houver uma resposta concreta às nossas necessidades em termos de segurança”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Para obter segurança, é preciso, antes de mais nada, acabar com o bloqueio a Gaza”, respondeu o porta-voz do Hamas, Sami Abou Zourhi.

No sábado, o líder do Hamas para assuntos internacionais, Osama Hamdan, declarou que a oferta feita à delegação palestina no Cairo não atende às aspirações da população. Em sua página no Facebook, Hamdan afirmou que "Israel precisa aceitar as demandas do povo palestino ou encarar uma longa guerra".

Segundo a agência de notícias AFP, o Egito estaria prestes a propor um cessar-fogo permanente e a convidar os dois lados para uma nova reunião em um mês. O conflito, iniciado em 8 de julho, deixou pelo menos 1.980 palestinos mortos, a maioria civis. Do lado israelense, 67 pessoas perderam a vida, quase todas militares.
 

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