Forças iraquianas retomam área controlada pelos jihadistas e preparam nova ofensiva
As forças de segurança iraquianas retomaram neste sábado (14) uma área no norte de Bagdá controlada por jihadistas. Segundo as autoridades do país, o exército iraquiano se prepara para uma nova ofensiva em outra região. De acordo com o premiê Nouri al-Maliki, o governo deu a ele "poderes ilimitados" para lutar contra os extremistas.
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As forças de segurança e os combatentes das tribos aliadas do governo retomaram o vilarejo de Ishaqi e travaram uma batalha em Muatassam neste sábado. As duas cidades, situadas na província de Salaheddine, perto de Bagdá, estavam sobre o controle dos insurgentes, de acordo com o general Sabah al-Fatlawi. A polícia também informou que encontrou os corpos carbonizados de 12 policiais.
Segundo testemunhas, a polícia e os habitantes conseguiram expulsar os insurgentes em Dhoulouiya, cidade estratégica situada a 90 quilômetros ao norte de Bagdá.
Um dos comandantes responsáveis pela segurança em Samarra disse hoje que o exército e a polícia enviaram reforços para a cidade, situada a 110 quilômetros da capital iraquiana.O objetivo, disse, é retomar Tikrit, principal cidade da província de Salaheddine, além de Dour e Baiji, invadidas pelos jihadistas nesta semana.
A cidade de Samarra abriga um dos maiores centros religiosos xiitas do Irak, o mausoléu dos imãs Ali al-Hadi e Hassan al-Askari. Em 2006, ele foi alvo de um atentado que desencadeou uma guerra de dois anos.
Premiê obtém "poderes ilimitados" para lutar contra insurgentes
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o premiê iraquiano, que também é comandante das forças armadas, indicou que seu governo deu "poderes ilimitados" para que ele pudesse lutar contra os extremistas.
Nesta sermana, o primeiro-ministro iraquiano pediu ao Parlamento que se reunisse para declarar estado de urgência no país, mas a sessão foi cancelada por falta de quórum. Isso o levou a pedir diretamente ao governo autorização para agir contra os insurgentes. Nouri al-Maliki também pediu aos iraquianos que participassem da guerra "contra os inimigos da fé", em referência aos extremistas.
De acordo com o governo, os jihadistas estariam preparando um novo ataque contra o mausoléu em Samarra. Os integrantes dos grupos EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) iniciaram uma ofensiva na terça-feira tomando diversas cidades a cerca de 100 quilômetros da capital. Ontem o presidente americano, Barack Obama, afirmou que não enviará tropas ao país para combater os jihadistas, mas não descartou outras formas de intervenção. Ele também encorajou sunitas e xiitas a retomarem o diálogo.
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