Acordo entre Hamas e OLP pode colocar fim a desavenças entre palestinos
As duas principais facções rivais palestinas, o partido moderado Fatah, que governa a Cisjordânia e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, anunciaram ontem um acordo de unificação nacional, que prevê a formação, em cinco semanas, de um governo palestino interino até a realização de eleições gerais, em seis meses
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel-Aviv
Se o acordo for implementado, poderá colocar um ponto final em sete anos de desavenças e unir os palestinos. Por outro lado, pode acabar com as atuais negociações de paz entre a Autoridade Nacional Palestina, representada pelo Fatah, e Israel.
Este não é o primeiro acordo anunciado pelas duas facções rivais desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, em 2007. Pelo menos dois anteriores não saíram do papel.
A reação do governo israelense foi de condenação. Israel considera o Hamas – que não reconhece a existência do país – como um grupo terrorista.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que "quem escolhe o Hamas não quer paz." Netanyahu convocou um encontro de emergência de seu gabinete de segurança e cancelou a rodada de ontem das negociações de paz entre Israel e os palestinos.
Depois de nove meses sem dar frutos, essas negociações, moderadas pelos Estados Unidos, terminam na próxima terça-feira e podem não ser estendidas.Pouco depois do anúncio, a Força Aérea israelense atacou uma moto em Gaza, onde, segundo os militares, viajavam dois militantes do grupo radical Jihad Islâmica. Eles escaparam, mas doze 12 crianças se feriram.
O exército alegou que a ação não teve relação com o anúncio de reconciliação palestino, mas ela aumentou a tensão na fronteira. Hoje, grupos radicais palestinos lançaram quatro foguetes contra Israel.
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