Estados Unidos são acusados de piorar conflito sírio ao apoiar rebeldes
A Rússia e a Síria acusam os Estados Unidos de estarem inflamando o conflito sírio por meio do apoio aos rebeldes. A declaração conjunta acontece às vésperas da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O órgão vota neste sábado (22) uma resolução sobre a ajuda humanitária na Síria. O documento foi uma iniciativa da Austrália, da Jordânia e de Luxemburgo.
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O projeto de resolução deveria ser votado nesta sexta-feira, mas a Rússia, por meio de seu embaixador na ONU, Vitali Tchourkine, pediu mais tempo para estudar o texto e submetê-lo à apreciação do governo de Vladmir Putin. O documento determina o acesso para comboios de ajuda humanitária e também exige o fim dos bombardeios aéreos pelo exército de Bashar al-Assad.
O projeto de resolução também exige que todas as partes envolvidas no conflito destruam suas barricadas em áreas densamente povoadas, citando particularmente o centro da cidade de Homs, no centro do país, o campo de refugiados palestinos de Yarmouk, perto de Damasco, e Ghouta, na periferia rural da capital síria.
De forma bastante específica, o texto cita os bombardeios feitos com barris de explosivos em Aleppo, que têm um efeito devastador sobre a população civil. No caso do desrespeito a essas reivindicações, o texto ameaça o regime sírio com "novas medidas". Esse é justamente um dos pontos de divergência entre os países do Conselho de Segurança.
Membros permanentes do órgão e aliados da Síria, China e Rússia têm vetado sistematicamente resoluções que contenham ameaças diretas à Síria. Desta vez, os diplomatas que endossam esse projeto ainda não sabem se os dois países voltarão a usar o poder de veto.
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