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Síria/conferência

Emissário da ONU se reúne com oposição e governo sírio

O emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, se encontra nesta quinta-feira a portas fechadas com representantes do governo sírio e da oposição. O objetivo é convencê-los a dar continuidade às negociações, apesar das divergências que marcaram a Conferência de Montreux.

O chanceler sírio Walid Mouallem, em Montreux
O chanceler sírio Walid Mouallem, em Montreux REUTERS/ Jamal Saidi
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A prévia das discussões, ocorrida nesta quarta-feira, mostra a dificuldade de diálogo entre o governo sírio e a oposição. Ambos se acusaram mutuamente de traição, e trocaram farpas diante da delegação de mais de 26 países em Montreux.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Labrov, declarou nesta quinta-feira que as negociações não serão “simples nem rápidas.” Por enquanto, ainda não se sabe se as duas delegações aceitarão sentar-se na mesma mesa, ou se os representante da ONU, da Rússia e dos Estados Unidos deverão mediar o contato entre os membros.

Segundo um representante da delegação da oposição, Hadi Bahra, os membros do governo se comportaram como uma “máfia, com um estilo muito distante da diplomacia.”

Imprensa síria ataca oposição

Em Damasco, a imprensa oficial não poupou farpas à oposição: “durante a sessão inaugural, os inimigos do estado e do povo sírios, liderados pelo quarteto americano, francês, saudita e turco, tentaram impor seus pontos de vistas, limitando a missão da conferência à execução da declaração proposta em Genebra 1.”

Para os opositores, o fato de que o regime de Assad dê continuidade ao massacre no país evidencia a intenção de impedir uma solução política. A saída do presidente e a formação de um governo provisório sem a presença do chefe de Estado continua sendo o principal ponto de desacordo entre as partes.

Na falta de um consenso, a ONU, os países ocidentais e os russos tentarão obter medidas para proteger a população, incluindo um cessar-fogo e o envio de ajuda humanitária. Mais de 130 mil pessoas já morreram desde o início do conflito na Síria, em 2011.
 

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