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China/Repressão

16 morrem em confronto entre policiais e minoria muçulmana na China

A polícia chinesa matou 14 pessoas neste domingo à noite durante uma revolta na província de Xinjiang, no extremo oeste da China, segundo um anúncio feito nesta segunda-feira, 16 de dezembro de 2013, pelas autoridades locais. Dois integrantes das forças de segurança também teriam sido mortos.

Foto de 7 de julho de 2009 mostra confrontos na cidade de Urumgi, em Xinjiang, de maioria uigur; conflitos violentos entre uigures e as forças da ordem acontecem com frequência na região.
Foto de 7 de julho de 2009 mostra confrontos na cidade de Urumgi, em Xinjiang, de maioria uigur; conflitos violentos entre uigures e as forças da ordem acontecem com frequência na região. Reuters/David Gray
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O governo regional informou que os policiais foram atacados por uma multidão armada com explosivos e facas quando vinham prender "suspeitos" em um vilarejo próximo de Kashgar, antiga cidade da Rota da Seda. Duas pessoas foram presas para averiguações e uma investigação foi aberta.

As autoridades chinesas acusam extremistas da comunidade turcófona dos uigures de realizar com frequência ações violentas em busca da independência em Xinjiang, região situada nos confins de antigas repúblicas soviéticas da Ásia central.

Uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, não acusou diretamente os militantes islâmicos, como as autoridades haviam feito durante incidentes recentes, mas disse que um "grupo terrorista violento" está por trás da revolta.

No mês passado, perto de Kashgar, o ataque contra um posto de polícia por um grupo de pessoas armadas de machados e facas havia deixado 11 mortos, incluindo dois policiais, segundo a mídia oficial.

Os grupos de defesa dos direitos humanos e os exilados uigures acusam a polícia chinesa de usar a força contra essa comunidade muçulmana, que considera a região do Xinjiang como sua pátria.

A segurança foi reforçada no vasto território ocidental após a explosão em outubro de um veículo na praça Tiannamen em Pequim, que provocou a morte de seus três ocupantes e de dois turistas.

A China denunciou um atentado cometido por extremistas muçulmanos e reagiu com cólera a comentários que falavam de um ato desesperado provocado pela repressão exercida pelo governo contra a minoria uigur.

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