ONU pressiona EUA e Rússia para volta de inspetores à Síria
A ONU pediu nesta sexta-feira ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que pressionem o regime sírio a autorizar a ida de uma missão de investigação de violações de direitos humanos ao país. Kerry e Lavrov estão reunidos em Genebra, na Suíça, para discutir o conflito sírio.
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“O Conselho de Direitos Humanos pediu várias vezes às autoridades sírias que permitam à comissão de investigação trabalhar no país”, escreveu o presidente do Conselho, Remigiusz Henczel, em uma carta enviada a Kerry e Lavrov. Mas, segundo Henczzel, os pedidos não tiveram resposta. “Por isso, aproveito a ocasião da reunião para sugerir que esta importante questão seja analisada”, pediu o presidente do conselho.
Nesta sexta-feira, russos e americanos expressaram otimismo de que a questão de armas químicas possa favorecer a realização de uma Conferência Internacional de Paz para a Síria.
“Estamos determinados a trabalhar juntos, a começar pela iniciativa de armas químicas com a esperança de que nossos esforços sejam recompensados e levem paz e estabilidade para esta região tumultuada do mundo”, disse Kerry, no segundo dia das negociações entre Estados Unidos e Rússia sobre o arsenal químico sírio.
Kerry acertou com seu colega russo Lavrov uma nova reunião em Nova York, por volta do dia 28 de setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU, para tentar estabelecer uma data para a conferência de paz.
Na saída de uma reunião com o emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, o chefe da diplomacia russa confirmou o compromisso da Rússia em favor de uma conferência de paz. Lavrov insistiu para que “todos os grupos da sociedade civil da Síria sejam representados”. “ Os grupos sírios devem chegar a um consenso mútuo sobre o órgão do governo de transição que deverá ter autoridade total”, disse.
O emissário Brahimi é encarregado de preparar uma conferência sobre a Síria, chamada de Genebra 2, para tentar encontrar uma solução pacífica para o conflito. Até o momento, sua missão se encontra num impasse devido à falta de consenso da comunidade internacional e de um sinal verde dos opositores ao regime.
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