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Síria/Estados Unidos

EUA dizem ter provas do uso de gás sarin. Al-Assad está pronto para enfrentar ataques

Os Estados Unidos têm evidências do uso de gás sarin pelo regime sírio, disse neste domingo o secretário de estado norte-americano John Kerry. Segundo ele, os testes realizados com amostras coletadas após os ataques na periferia de Damasco se revelaram positivos para o uso da arma química. Já o presidente sírio Bashar Al-Assad disse neste domingo ser capaz de enfrentar um ataque externo. 

Ativistas sírios inspecionam corpos de vítimas civis mortos, segundo eles, por armas químicas usadas pelo regime sírio, em 21 de agosto de 2013.ues, le 21 août, dans la banlieue de Damas.
Ativistas sírios inspecionam corpos de vítimas civis mortos, segundo eles, por armas químicas usadas pelo regime sírio, em 21 de agosto de 2013.ues, le 21 août, dans la banlieue de Damas. REUTERS/Bassam Khabieh
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O chefe da diplomacia dos Estados Unidos  também disse ainda estar convencido de que o Congresso americano, que deverá analisar o pedido de aval para a intervenção militar anunciada presidente Barack Obama, “ fará o que é justo”.

Já o presidente sírio alertou que seu regime “é capaz de enfrentar qualquer agressão externa, como enfrenta diariamente à agressões internas representadas por grupos terroristas”.

As declarações foram feitas após a decisão do presidente Barack Obama de atacar o regime sírio em represália pelo ataque de armas químicas atribuído às forças governamentais no dia 21 de agosto na periferia de Damasco. O presidente sírio negou mais uma vez neste domingo as acusações.

Al-Assad, segundo a agência oficial Sana, disse que “a Síria, graças à resistência de seu povo e de seu exército, continua a acumular vitórias até o retorno da segurança e da estabilidade ao país”.

“As ameaças americanas de lançar um ataque contra a Síria não vão desviar a Síria de seus princípios (...) nem de seu combate contra o terrorismo apoiado por alguns países ocidentais e da região, antes e sobretudo pelos Estados Unidos”, afirmou o presidente sírio.

“Os grandes perdedores dessa aventura serão os Estados Unidos e seus agentes na região, primeiramente a instituição sionista”, disse Al-Assad em relação à Israel.

E o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faysal Moqdad, acusou neste domingo o governo francês de "irresponsável" e acusou o país de apoiar “organizações como a Al Qaeda”.

Diante da imprensa, o vice-ministro declarou que “os políticos franceses enganaram o povo francês e se comportaram de foram irresponsável”, antes de acrescentar que eles “falsificaram os fatos e apóiam organizações como a Al Qaeda”.

Mais de 110 mil mortos

Pelo menos 110.371 pessoas morreram na Síria, desde o início da revolta popular contra o presidente Bashar Al- Assad em março de 2011, anunciou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O balanço, feito no dia 31 de agosto, inclui 40.146 civis, 21.850 combatentes rebeldes e 45.478 membros das forças de segurança e de milícias pró-governamentais, indicou o Observatório, que obtém informações através de uma rede de militantes, fontes médicas e civis em todo o país.

O Observatório contabilizou também 2.762 corpos não identificados e sinalizou que desconhece o paradeiro de 9.000 detentos e 3.500 soldados capturados pelos rebeldes.  Entre os civis estão 3.905 mulheres e 5.833 crianças menores de 16 anos.

O balanço anterior do Observatório, comunicado em 26 de junho passado, indicava 100.191 mortos.
 

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