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Egito/Protestos

Partidários de Mursi voltam às ruas e preocupam União Europeia

Com palavras de ordem como "Abaixo o regime militar", milhares de partidários de Mohamed Mursi tomaram as ruas do centro do Cairo nesta sexta-feira, batizada de "dia de fúria" pela Irmandade Muçulmana, grupo do presidente deposto. O exército foi deslocado para pontos estratégicos da capital para assegurar o protesto, que acontece dois dias depois que as forças de ordem dispersaram violentamente manifestantes que ocupavam duas praças depois de seis semanas. De acordo com os dados oficiais, os confrontos deixaram 578 mortos.

Apoiadores do presidente deposto  Mohamed Mursi protestam contra o massacre no Egito, nesta sexta-feira, 16 de agosto de 2013.
Apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi protestam contra o massacre no Egito, nesta sexta-feira, 16 de agosto de 2013. REUTERS/Khaled Abdullah
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O Ministério do Interior alertou que o exército está autorizado a disparar contra manifestantes que atacarem soldados ou prédios públicos. Um policial morreu numa emboscada no Cairo. Em Ismailia, no norte do país, quatro partidários de Mursi morreram.

O aumento das tensões no Egito preocupa a comunidade internacional. O governo da Itália pediu a seus turistas que não entrem no país e evitem fazer excursões pelos balneários da região. De acordo com a autoridade turística local, cerca de 19 mil italianos se encontram em áreas turísticas egípcias.

O porta-voz da chancelaria alemã, Steffen Seibert, declarou que Berlim "condena vigorosamente a violência no Cairo e em outras cidades" e afirmou que a única boa solução para o impasse é o retorno ao diálogo. "Pedimos a todas as partes que ajam pacificamente e se abstenham de qualquer ato de violência", em particular, nesta sexta-feira.

Na próxima segunda-feira, representantes dos Estados membros da União Europeia se reúnem em Bruxelas para discutir a violência no país, anunciou o serviço de ação exterior do bloco, dirigido pela chefe de diplomacia Catherine Ashron. O objetivo da cúpula é estabelecer uma posição comum entre os 28 países e criar um plano de ação.

A preparação de uma "possível reunião" dos ministros europeus das relações exteriores também está na pauta. Nos dias 6 e 7 de setembro, eles se encontrarão informalmente na Lutânia, país que detém a presidência rotativa da UE até o fim deste ano.

Nesta sexta-feira, o presidente francês François Hollande anunciou conversas telefônicas com a chanceler alemã Angela Merkel e com o premiê britânico David Cameron. Paris, Londres e Berlim convocaram os embaixadores egípcios em seus países para prestar conta da violência de quarta-feira. Hollande interrompeu suas férias para receber o diplomata egípcio no Palácio do Eliseu.

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