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Egito/Violências

EUA e UE intensificam esforços para evitar confrontos no Egito

A comunidade internacional, capitaneada pelos Estados Unidos e a União Europeia, intensificaram nesta terça-feira seus esforços no Egito para evitar um confronto entre as forças de ordem e manifestantes pró-Mohamed Mursi, o presidente deposto e preso pelo exército há um mês. Milhares deles estão acampados há várias semanas em duas praças do Cairo para denunciar o que chamam de golpe militar e exigir o retorno do primeiro chefe do Estado egípcio eleito democraticamente.

Apoiadores do presidente egípcio deposto, Mohamed Mursi, ocupam praça no Cairo, em foto do dia 3 de agosto de 2013.
Apoiadores do presidente egípcio deposto, Mohamed Mursi, ocupam praça no Cairo, em foto do dia 3 de agosto de 2013. REUTERS/Asmaa Waguih
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Há uma semana, o governo interino organizado pelo exército, ameaça dispersá-los à força, o que poderia se tornar um banho de sangue. Para piorar, há várias mulheres e crianças embarricadas nas praças Rabaa al-Adawiya e Nahda. Mais de 250 pessoas - principalmente manifestantes - morreram em confrontos com a polícia desde a deposição de Mursi.

Desde o ameaça de uso da força, vários ministros europeus, americanos, aficanos, qataris e dos Emirados Árabes estão no Cairo para pedir prudência às forças de ordem e tentar convencer a Irmandade Muçulmana, confraria à qual pertence Mohamed Mursi, a dispersar seus manifestantes e participar das eleições que o governo interino promete para o início de 2014. Mas, até agora, tudo que eles conseguiram foi retardar a intervenção policial - o que nem chega a ser grande feito, já que era pouco provável que uma operação do tipo acontecesse antes de quinta-feira, quando se comemora o fim do Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos.

Nesta terça, chegam ao Cairo os senadores americanos John McCain e Lindsey Graham. O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, William Burns, que se reúne há três dias com as duas partes, e o emissário da União Europeia Bernardino Leon, estenderam sua estada no país.

Os dois estiveram com o número dois da Irmandade Muçulmanan Khairat al-Shater, que aguarda julgamento junto com outros líderes da confraria - Mursi, entre eles - por incitação ao assassinato. Seis deles devem comparecer ao Tribunal no próximo dia 25 e uma condenação pode acirrar ainda mais os ânimos.

Burns também conversou com o general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército e ministro da Defesa. Neste fim de semana, ele, que é o verdadeiro homem forte do país, garantiu que não pretende "derramar o sangue de um único egípcio" e que, em caso de impasse, o desalojamento forçado dos manifestantes seria feito pela polícia e não pelo exército.

 

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