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Crise/Turquia

Sob grave crise política, Tunísia enfrenta mais um dia de manifestações

Os opositores ao governo tunisiano deram sequência às manifestações nesta segunda-feira, dia 5 de agosto, depois de um final de semana de intensos protestos no país. Confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados em várias cidades, enquanto a crise política se agrava sem que o governo apresente soluções.

Manifestantes pedem a renúncia do governo islamita, em protesto realizado em Túnis, no domingo, 4 de agosto de 2013.
Manifestantes pedem a renúncia do governo islamita, em protesto realizado em Túnis, no domingo, 4 de agosto de 2013. REUTERS/Anis Mili
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Em Sidi-Bouzid, no centro-oeste do país, a polícia dispersou hoje os protestos com bombas de gás lacrimogênio e uma dezena de manifestantes tentou invadir a prefeitura do local. A cidade é o berço da revolução tunisiana, que teve início em janeiro de 2011, e também de onde o deputado Mohamed Brahmi, que foi assassinado no dia 25 de julho, era originário.

Hoje pela manhã, o ministro do Interior, Lofti Ben Jeddou, anunciou que um suspeito da morte de Brahmi foi preso. No entanto, nenhuma outra informação sobre o autor do crime foi divulgada até o momento.

A imprensa do país se mostra muito revoltada face à atitude da classe política. "Cada um tem interesses políticos ou pessoais quando a situação atual indica que o país se dirige de maneira impressionante ao encontro do terrorismo desde o assassinato de Mohamed Brahmi", publicou o jornal Assabah Alousboui. Já o semanário Tunis-Hebdo critica a elite política tunisiana "que conseguiu dividir o povo" e "que tem somente um objetivo: manter o poder".

Uma grande manifestação está programada para esta noite na capital Túnis, e um protesto nacional será realizado nesta terça-feira para pedir a renúncia do governo islamita do partido Ennahda, além da dissolução da Assembleia Nacional Constituinte. Os manifestantes também querem lembrar os seis meses do assassinato do líder da oposição Chokri Belaid, morto no dia 6 de fevereiro deste ano.

Até o momento, o governo não propôs nenhuma negociação ou revelou qualquer plano de saída para a crise. Em contrapartida, o tanto o chefe do governo, Ali Larayedh, como o presidente, Moncef Marzouki, negaram qualquer possibilidade de demissão. A oposição, por sua vez, anunciou que não aceitará dialogar antes da partida do governo islamita.

Funerais

Dois militares tunisianos, mortos na explosão de uma bomba artesanal neste domingo, serão enterrados hoje nas cidades de Sidi Bouzid e Bizerte, no norte do país. O exército também realiza uma vasta operação no oeste da Tunísia para apurar os responsáveis da emboscada que matou oito soldados no dia 29 de julho.

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