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Israel/Palestina

Retomar negociações com Palestina não será fácil, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que vai trabalhar para chegar a um acordo com os palestinos, mas ressalvou que as negociações não serão fáceis. Os dois lados do conflito vão voltar a sentar para dialogar após intervenção do secretário de Estado americano, John Kerry.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reunido com seus gabinete neste domingo, 21 de julho de 2013.
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reunido com seus gabinete neste domingo, 21 de julho de 2013. REUTERS/Uriel Sinai/Pool
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"As negociações não serão fáceis, mas nós vamos nos engajar honestamente, sinceramente", disse Netanyahu durante reunião semanal do conselho de ministros.

O primeiro-ministro reafirmou sua intenção de submeter qualquer acordo com os palestinos a um referendo popular. Ele disse que as negociações ocorrerão de forma "responsável, prática e séria".

“E devo dizer que ao menos em suas primeiras etapas, essas negociações devem ser feitas discretamente, o que vai reforçar a chance delas darem frutos”, acrescentou o chefe de governo.

Por comunicado, o presidente israelense Shimon Peres contou que telefonou a seu homólogo palestino, Mahmoud Abbas, para parabenizá-lo por ter aceitado retomar as conversas, interrompidas desde 2010. “O senhor tomou a decisão corajosa e histórica de voltar à mesa de diálogos. Não escute os céticos, o senhor fez o que deveria ser feito”, disse Peres, segundo o comunicado.

Mas dentro da sociedade israelense são muitas as vozes descrentes com essa retomada. O ex-ministro de Relações Exteriores Avigdor Lieberman, aliado de Netanyahu, escreveu que vê a possibilidade de solução para o conflito com ceticismo. “É importante negociar, e ainda mais importante que é que as negociações se apóiem em bases realistas,  não em ilusões. Não há soluções para conflito israelo-palestino, ao menos pelos próximos anos”, disse.

Já o ministro dos Transportes, Yisrael Katz, ironizou a baixa representatividade política de Mahmoud Abbas, que controla só parte da Cisjordânia, enquando a Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas desde 2007. “Abbas tem ainda menos poder sobre os palestinos que (Bachar al) Assad na Síria”, afirmou.
 

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