Premiê turco continua inflexível, após 10 dias de protestos contra governo

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou neste domingo, 9 de junho de 2013, que a paciência de seu governo “tem limite”. Pelo décimo dia consecutivo, milhares de manifestantes voltaram a ocupar hoje a Praça Taksim, em Istambul, pedindo a demissão do governo.

Milhares de pessoas voltaram a protestar neste domingo, 9 de julho de 2013, contra o governo turco em Istambul. REUTERS/Osman Orsal

Erdogan falou neste domingo na capital Ancara diante de centenas de partidários que gritavam “ a Turquia tem orgulho de você”. O premiê turco declarou que o governo “continua paciente, mas que sua paciência tem limite”. Ele disse “que não negocia com grupos marginais e sim com a nação que o elegeu”.

Erdogan chamou os manifestantes de “saqueadores” e voltou a convocar seus adversários para o duelo das eleições municipais de março de 2014, descartando a possibilidade de uma votação antecipada. O popular primeiro-ministro do partido islâmico AKP continua inflexível às reivindicações.

Os manifestantes, que se reúnem há dez dias na praça Taksim de Istambul, continuam a pedir a demissão dos responsáveis pela violenta repressão dos últimos dias. Eles também exigem o abandono do projeto imobiliário e de modernização da praça e do parque Gezi, que está na origem dos protestos.

Os confrontos com a polícia deixaram até agora três mortos e mais de cinco mil feridos na Turquia.