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Paquistão/Eleições

Paquistaneses vão às urnas neste sábado em clima de violência

Cerca de 86 milhões de eleitores foram convocados às urnas neste sábado para participar das eleições legislativas no Paquistão. O pleito é visto como um momento histórico no país, já que essa é a primeira vez que um governo democraticamente eleito consegue chegar ao fim de seu mandato. Mas o voto também é marcado pelas ameaças de grupos terroristas contrários ao escrutínio, que prometem atacar as zonas eleitorais. Mais de 100 pessoas foram assassinadas desde o início da campanha.

Mais de 600 mil homens foram mobilizados para garantir a segurança das zonas eleitorais durante as legislativas no Paquistão.
Mais de 600 mil homens foram mobilizados para garantir a segurança das zonas eleitorais durante as legislativas no Paquistão. REUTERS/Damir Sagolj
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Os paquistaneses vão às urnas nesse sábado para escolher os deputados das quatro provícias do país. Desde a criação do Paquistão como nação autônoma, em 1947, essa é a primeira vez que um governo democraticamente eleito consegue chegar até o final do mandato de cinco anos, o que justifica o caráter histórico do pleito.

Mas o escrutínio, visto como um sinal de consolidação da democratização do país, corre o risco de ser marcado pela violência. O grupo TTP, ligado aos terrroristas da Al Qaeda, ameaçou atacar os locais de voto nesse sábado. “A democracia é um sistema não-islâmico, um sistema de infiéis. Eu peço que a população evite as zonas eleitorais se ela não quer arriscar perder a vida”, declarou o porta-voz do TTP, Ehsanullah Ehsan, em uma mensagem enviada à imprensa nessa sexta-feira. Durante a semana fontes talibãs confirmaram que os insurgentes mobilizaram kamikazes para realizar ataques e intimidar os eleitores, principalmente os próximos dos partidos laicos membros da coalizão que controla atualmente o país.

A violência começou antes mesmo do voto. Vários ataques, boa parte deles reivindicados pelo TTP, foram registrados durante toda a campanha deixando 117 mortos. Mais de 600 mil pessoas foram mobilizadas para cuidar da segurança nas zonas eleitorais nesse sábado.

A Liga Muçulmana (PML-N) é apontada pelos observadores como possível vitoriosa. O grupo é liderado por Nawaz Sharif, um empresário milionário que já foi primeiro-ministro duas vezes. Mas o partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI) do ex-campeão de cricket Imran Khan, é cada vez mais presente nas pesquisas. O PPP, Partido do Povo Paquistanês, atualmente no poder, aparece enfraquecido após o balanço negativo de seu governo marcado pela violência. As zonas eleitorais serão abertas às 8h da manhã no horário local e os primeiros resultados serão divulgados já na noite de sábado.

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