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Síria/Violência

Refugiados sírios podem ser 40% da população da Jordânia em 2014, diz ministro

O ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Judeh, estima que os refugiados sírios podem chegar a representar 40% da população da Jordânia em meados de 2014. Ele lançou um alerta nesta quinta-feira em Roma, pouco antes de um encontro com o secretário de Estado americano John Kerry, sobre o impacto do fluxo de refugiados nos países que os acolhem. Os Estados Unidos anunciaram a liberação de 100 milhões de dólares suplementares de ajuda humanitária. 

O secretário de Estado americano John Kerry e o chanceler jordaniano Nasser Judeh se reuniram nesta quinta-fira, 9 de maio de 2013, em Roma.
O secretário de Estado americano John Kerry e o chanceler jordaniano Nasser Judeh se reuniram nesta quinta-fira, 9 de maio de 2013, em Roma. REUTERS
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O secretário de Estado americano John Kerry, que realiza nos últimos três dias uma série de encontros para discutir a situação na Síria, repetiu nesta quinta-feira, 9 de maio de 2013, durante uma visita a Roma, que o presidente Bashar al-Assad não poderia fazer parte de um governo de transição.

Ele também confirmou oficialmente a liberação de 100 milhões de dólares suplementares de ajuda humanitária aos refugiados sírios, antes de um encontro com o chanceler jordaniano Nasser Judeh. 

Cerca de metade da soma deve ajudar a Jordânia a enfrentar o afluxo de sírios em fuga desse conflito que já dura 26 meses.

A ajuda humanitária americana já chegou até agora a  510 milhões de dólares, aos quais se somam 250 milhões de ajuda direta aos rebeldes sírios que combatem o regime de Assad.

Cerca de duas mil pessoas atravessam a fronteira entre a Síria e a Jordânia a cada dia, e o país abriga atualmente 525 mil refugiados, segundo o ministro jordaniano das Relações Exteriores.

"No momento os refugiados sírios representam 10% da nossa população, mas nesse ritmo o número deve aumentar para cerca de 25% até o final do ano e sem dúvida para 40% até a metade de 2014", declarou Nasser Judeh.

"Nenhum país é capaz de receber números tão altos", alertou ele, agradecendo em nome de seu governo a ajuda internacional.

John Kerry informou que os preparativos para uma conferência internacional para encontrar uma solução para a crise continuam.

Depois de ter conversado com os ministros das Relações Exteriores dos principais países envolvidos, incluindo o chanceler russo, Kerry afirmou ter notado "uma resposta muito positiva e um desejo muito forte de ir a essa conferência e tentar encontrar uma solução política, ou ao menos esgotar todas as possibilidades para chegar a ela".

Essa conferência, que também envolve o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pode acontecer ainda neste mês, talvez em Genebra.

O embaixador americano na Síria, Robert Ford, se reuniu em paralelo com a oposição síria em Istanbul, de acordo com John Kerry.

Desde o início da guerra civil na Síria, mais de 1,5 milhão de pessoas fugiram do país para se refugiar na Turquia, na Jordânia e no Líbano, produzindo um grande impacto na economia desses países.

Além disso, até quatro milhões de sírios podem ter sido obrigados a deixarem suas casas para fugir dos combates, que já deixaram mais de 70 mil mortos.

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