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Coreia do Norte/Conflito

Coreia do Norte impede sul-coreanos de acessar complexo industrial na fronteira

A China pediu calma nesta quarta-feira (03), depois da Coreia do Norte anunciar que vai impedir o acesso dos sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong, situado a 7 quilômetros da fronteira. A decisão aumenta ainda mais a tensão entre os dois países, já que o local simboliza a cooperação entre o norte e o sul, que não exclui uma ação militar para proteger seus cidadãos.

Complexo industrial de Kaesong na Coréia do Norte
Complexo industrial de Kaesong na Coréia do Norte REUTERS/Jo Yong-Hak/Files
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Em um comunicado divulgado pelo porta-voz da diplomacia chinesa, Hong Lei, a China pediu que os dois países "se retenham" diante das ameaças constantes que vêm sendo feitas pelos norte-coreanos. O vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Zhang Yesui, reuniu-se nesta terça-feira com os embaixadores dos Estados Unidos e das duas duas Coreias, dizendo-se "extremamente preocupado" com a situação.

Os chineses, os maiores aliados dos norte-coreanos, defendem a paz, a estabilidade e o desarmamento nuclear do país, mas votaram favoravelmente às sanções contra os norte-coreanos. É uma postura ambivalente, já que ao mesmo tempo, a China é contrária a medidas muito radicais, que poderiam piorar ainda mais a situação econômica dos norte-coreanos.

Nesse caso, argumentam os chineses, o risco é que haja um exôdo da população ou a reunificação das duas Coreias, que se transformaria em um regime democrático pró-americano. Paralelamente, a Rússia também se disse preocupada com a situação, e fez um apelo para que as partes envolvidas se abstenham de fazer outros comentários provocativos.

Depois das ameaças dos norte-coreanos, que dizem em guerra com o sul e prontos para atacar os EUA, a crise parece atingir seu auge. Nesta quarta-feira, a Coreia do Norte impediu os 484 trabalhadores sul-coreanos de entrar no complexo de Kaesong, o que levou os sul-coreanos a considerar uma ação militar para proteger seus cidadãos. A Coréia do Sul também informou que tem um plano de emergência para garantir a segurança dos funcionários.

Na véspera, Washington, prometeu defender e proteger seus aliados. O secretário de Estado americano, John Kerry, qualificou o comportamento do dirigente norte-coreano Kim Jong-Un de "perigoso e irresponsável." Tecnicamente, as duas Coreias continuam em guerra, já que o conflito em 1950 terminou com um Armistício, e não a assinatura de um Tratado de Paz.
 

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