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Egito/Protestos

Mais um manifestante morre em protestos violentos no Egito

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nessa terça-feira na praça Tahrir, no Cairo, para protestar contra o decreto que amplia os poderes do presidente. Um homem morreu durante os confrontos com a polícia na capital egípcia, elevando para três o número de vítimas fatais desde o início da contestação. Várias manifestações também foram registradas em outras cidades do país.

Manifestantes tomaram conta do centro do Cairo nessa terça-feira.
Manifestantes tomaram conta do centro do Cairo nessa terça-feira. REUTERS/Asmaa Waguih /Mohamed Abd El Ghany
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Passeatas vindas de várias partes do Cairo se encontraram na praça Tahrir nessa terça-feira. Como vem ocorrendo desde quinta-feira passada, quando o decreto ampliando os poderes do presidente Mohamed Mursi foi promulgado, as manifestações foram marcadas por confrontos violentos com a polícia. Pedras foram lançadas pelos manifestantes contra as forças de ordem, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo. Um homem de 52 anos morreu asfixiado pela fumaça e já é a terceira vítima fatal desde o início da contestação.

Protestos também foram registrados em Suez, Charm el-Cheikh, Al Minya e outras localidades no Delta do Nilo. Em Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, milhares de pessoas saíram às ruas em manifestações contra e a favor do presidente Mursi. Já em Mahalla, no norte do país, opositores e partidários do chefe de Estado se enfrentaram quando a sede local do Partido da Liberdade e da Justiça, o braço político da Irmandade Muçulmana, começou a ser tomada pelos manifestantes.

O presidente havia anunciado na segunda-feira, após reuniões com a Suprema Corte, que estaria disposto a atenuar o texto que, segundo ele, é apenas provisório. No entanto, o líder pretende manter a parte mais polêmica do decreto, que impede qualquer tipo de contestação às suas decisões.

Consequências econômicas

A crise política também pode ter consequências para as contas do país. A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Victoria Nuland lembrou nessa terça-feira que o Egito deve continuar seu processo de reformas anunciadas desde as eleições de Mursi. Segundo ela, isso é indispensável para “ter certeza de que o dinheiro do Fundo Monetário Internacional ajudará a estabilizar e revitalizar” a economia do país. O Cairo beneficia de um pré-acordo sobre um plano de ajuda financeira no valor de 4,8 bilhões de dólares vindos do FMI. Mas o fundo já avisou que qualquer mudança na política econômica do país pode colocar o acordo em risco.

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