Segundo dia de ataques na Faixa de Gaza deixa ao menos 10 mortos
Israel e os palestinos da Faixa de Gaza estão em estado de guerra. No segundo dia da ofensiva israelense contra o território palestino, novos ataques aéreos deixaram ao menos 7 mortos em Gaza. Já são 15 mortos desde ontem, entre eles o líder do braço armado do Hamas. Em resposta, foguetes foram disparados em direção ao sul de Israel, matando três civis.
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Com a colaboração de Daniela Kresch, correspondente da RFI em Israel
As últimas 24 horas foram de tensão na fronteira de Israel e a Faixa de Gaza, com trocas de hostilidades entre a Força Aérea israelense e militantes de grupos islâmicos radicais palestinos. Mais de 100 foguetes foram lançados contra Israel da Faixa de Gaza e os israelenses atacaram também dezenas de alvos no território palestino.
Do lado israelense, três pessoas, duas mulheres e um homem, morreram quando um míssil tipo GRAD caiu em cima de um prédio de apartamentos, na de Kiriat Malachi, a 35 km de Gaza. Seis pessoas ficaram feridas, entre elas um bebê. Na cidade de Beer Sheva, outra pessoa ficou ferida.
Do lado palestino, o número de mortos, entre militantes e civis, é de ao menos 15 pessoas, entre elas o líder do braço armado do Hamas. O último bombardeio no final da manhã desta quinta-feira matou dois palestinos no norte do território. Os ataques israelenses já deixaram mais de 150 feridos, segundo fontes médicas palestinas.
A escalada atual na violência, que já havia começado no sábado passado, deu um salto ontem a tarde com o ataque aéreo israelense a um carro, na cidade de Gaza, onde estava Ahmed al-Jabari, o principal comandante militar do Hamas. O funeral de Jabari, responsável pelo sequestro do soldado franco-israelense Gilad Shalit, libertado há um ano, reúne milhares de palestinos nas ruas de Gaza.
Israel afirma que a ação, apelidada de “operação coluna de fumaça”, é uma resposta ao constante lançamento de mísseis contra o sul de seu território. A expectativa, hoje, é a de uma ampliação da operação militar com uma possível incursão terrestre de soldados em Gaza.
Reações internacionais
O Irã chamou a ofensiva israelense contra Gaza de “terrorismo organizado” e condenou o “comportamento criminoso das forças militares sionistas que matam civis”.
O Egito julga inaceitável a agressão israelense. O ministro das Relações Exteriores egípcio pediu esta manhã que os Estados Unidos intervenham imediatamente para acabar com os bombardeios contra o território palestino. Em protesto contra os ataques, o presidente egípcio chamou ontem de volta seu embaixador em Israel. O Egito foi o primeiro país a árabe a assinar um acordo de paz com Israel e é, normalmente, mediador entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Na quarta-feira à noite, a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, reafirmou o apoio dos Estados Unidos a Israel contra os “ataques brutais do Hamas”.
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