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Egito/ violência

Protestos violentos no Egito deixam mais de 100 feridos

Violentos confrontos marcaram manifestações hoje no Cairo, no Egito, contra a absolvição de diversos membros do regime do ex-presidente Hosni Mubarak. Opositores e apoiadores do atual presidente, o islamita Mohamed Mursi, se atacaram mutuamente com pedras, coquetéis molotov e outros objetos, ferindo pelo menos 110 pessoas.

Sexta-feira foi tumultuada no Cairo.
Sexta-feira foi tumultuada no Cairo. REUTERS/ Mohamed Abd El Ghany
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A manifestação começou depois do anúncio de que os membros do antigo regime foram absolvidos da acusação de tentar impedir os protestos contra o ex-presidente, em javeiro do ano passado, na praçal Tahrir. Os manifestantes aproveitaram a ocasião para reclamar dos primeiros 100 dias de governo de Mohamed Mursi, islamita do partido Irmandade Muçulmana eleito nas primeiras eleições presidenciais após o fim da ditadura de Mubarak.

Dezenas de apoiadores de Mursi começarm a responder às críticas, dando início aos confrontos, que ilustram a tensão presente no país um ano e meio depois da queda de Mubarak. A Irmandade Muçulmana afirma que a violência partiu dos manifestantes. “O que aconteceu hoje é uma tentativa dos liberais de proibir os islamitas a exprimirem suas opiniões e se manifestarem na praça Tahrir”, afirmou Ahmed Sobeih, um membro do partido que participa da coligação no poder.

Na quarta-feira, o trinubal do Cairo absolveu, por falta de provas, 24 ex-funcionários de alto escalão do antigo regime, acusados de soltar dezenas de camelos durante as primeiras manifestações contra Mubarak, nove dias antes de o ex-presidente ser deposto do poder. Familiares das mais de 100 vítimas mortas pela repressão, durante a revolta popular, acompanhavam de perto o desenrolar do processo e não se conformam com a decisão judicial. Eles avaliam que o procurador-geral, Abdel Maguid Mahmoud, preparou mal a acusação.

Ontem, para tentar apaziguar a situação, o presidente Mohamed Mursi nomeou o procurador, Abdel Maguid Mahmoud, como embaixador egípcio no Vaticano, o que significa a demissão dele das funções junto à Justiça. Maguid Mahmoud protestou, afirmando que a decisão fere a independência do poder Judiciário.
 

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