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Síria/ Rússia

Rússia diz que oposição síria “não derrotará as forças” do regime

O governo russo mantém o apoio incondicional ao regime sírio, mesmo após o Exército do país árabe continuar bombardeando os opositores, em contradição com a promessa do presidente Bashar al-Assad de cumprir o plano de paz apresentado pelo enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan. Em 24 horas, pelo menos 80 membros da rebelião foram mortos pelo regime.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. REUTERS/Sergei Karpukhin
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Nesta tarde, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov disse que a oposição síria “não derrotará as forças” de al-Assad. "É claro como a água: mesmo que armem a oposição até os dentes, eles não derrotarão o Exército sírio. Aconteceria apenas um banho de sangue durante anos, uma destruição mútua", disse o chefe da diplomacia russa durante uma visita a Baku, no Azerbaijão.

Lavrov também criticou a conferência "Amigos da Síria", que aconteceu no domingo na Turquia, e afirmou que os aliados árabes e ocidentais da oposição síria buscam impedir qualquer negociação com o regime de Bashar al-Assad. Ele não comentou a continuação da violência por parte do regime contra as cidades rebeldes, como Deera: disse apenas que a Síria deveria fazer “o primeiro passo” no cumprimento do plano apresentado por Kofi Annan e aceito pelo governo do país.

Um projeto de declaração sobre a Síria está em discussão no Conselho de Segurança da ONU para forçar tanto Damasco quanto os opositores a respeitar o prazo de 10 abril como data-limite para cumprir o plano, a começar pelo fim dos bombardeios. Ao lado da China, a Rússia vem bloqueando qualquer ação do Conselho de Segurança contra a violência na Síria.

Russos e sírios são aliados desde a antiga União Soviética, e Damasco é um importante comprador de armas de Moscou. Apesar disso, as autoridades russas negam que estes interesses sejam a razão para o apoio a Bashar al-Assad: afirmam temer que uma resolução contra a Síria abra espaço para uma invasão ociental no país, como aconteceu na Líbia.

Somente entre ontem e hoje, pelo menos 80 pessoas morreram em episódios de violência na terça-feira na Síria. Entre as vítimas, pelo menos 58 eram civis, a maioria das cidades de Idleb e Homs. Dezoito soldados morreram em Homs, Idleb e Deraa em combates, que também mataram quatro militares desertores.
 

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