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Israel/Irã

Decisão de ataque contra Irã ainda não foi tomada, diz Israel

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, minimizou nesta terça-feira as especulações sobre uma possível intervenção militar israelense contra as instalações nucleares iranianas, em entrevista à Radio Israel, nesta terça-feira.  

Ehud Barak, ministro da Defesa israelense, durante entrevista à BBC, nesta segunda-feira.
Ehud Barak, ministro da Defesa israelense, durante entrevista à BBC, nesta segunda-feira. REUTERS/Jeff Overs/BBC/Handout
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Segundo Barak, a guerra não é "um prazer", e os "israelenses não querem o conflito." Ele afirmou que, até agora, nenhuma decisão foi tomada sobre o envolvimento deIsrael neste tipo de operação. Nos últimos dias, a imprensa israelense afirmou que a intervenção era uma questão de tempo, segundo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Barak ressaltou, entretanto, que  todas as opções para reduzir as ambições nucleares do Irã não devem ser descartadas.

A comunidade internacional aguarda com expectativa a divulgação do relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), prevista para esta quarta-feira. O documento deve revelar detalhes do programa nuclear iraniano, que teria condições, segundo informações que vazaram para a imprensa, de fabricar uma bomba nuclear. O texto ainda destaca " a falta de cooperação do Irã", e a manutenção das atividades ilegais de enriquecimento de urânio enriquecido a mais de 20%.

Diante da ameaça, o presidente israelense, Shimon Perez, declarou no domingo que não descartava um ‘ataque preventivo’ caso não seja possível obter uma solução diplomática. "Aguardamos um relatório que deverá confirmar nossas suspeitas. Esta será provavelmente a última ocasião para sanções fatais, internacionais, e coordenadas, que obrigarão o Irã a interrromper o programa", declarou. A comunidade internacional votou em junho do ano passado uma série de medidas contra o país, que incluem congelamento de ativos no exterior, fiscalização de navios em alto-mar e interrupção de comércio de armamentos.

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad declarou nesta terça-feira que o país vai reagir contra Israel e os Estados Unidos em caso de ataque. Nesta quarta-feira, ele declarou à TV estatal do país que o "Irã não precisa de bomba atômica." Como sempre provocativo, ele citou as 5 mil armas atômicas dos EUA.

Uma reportagem divulgada nesta segunda-feira pelo jornal Washington Post revela detalhes do programa iraniano. O jornal teve acesso às conclusões do relatório sobre as atividades nucleares iranianas, que deve ser divulgado nesta quarta-feira pela AIEA(Agência Internacional de Energia Atômica). Segundo a reportagem, os iranianos conhecem todas as etapas de fabricação da arma nuclear. Os engenheiros do país teriam recebido apoio técnico no exterior, descreve o jornal. Um deles, de acordo com o Washington Post, é um cientista que trabalhou para a ex-União Soviética, que teria ensinado aos iranianos como produzir um detonador de alta precisão.

 

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