Hillary realiza visita-surpresa a Trípoli
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, realizou hoje uma visita-surpresa à capital líbia, Trípoli, para se aproximar do novo poder no país, dois meses após a queda do ditador Muammar Kadafi. Hillary chegou à cidade em um avião do Exército americano e deve se encontrar com responsáveis do Conselho Nacional de Transição e membros da sociedade civil.
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Hillary também vai visitar a embaixada dos Estados Unidos, reaberta em setembro. Ela deve anunciar uma série de programas destinados a reforçar as relações líbio-americanas, através de ajuda para tratar rebeldes feridos ao longo dos sete meses de insurreição e para destruir o arsenal militar de Kadafi, como mísseis antiaéreos. A ONU estima que 15 mil combatentes ficaram feridos ao longo da guerra civil líbia, dentre os quais 1,5 mil sofreram amputações.
Também a retomada dos intercâmbios universitários entre os dois países deve ser discutida. Desde fevereiro, os Estados Unidos já colaboraram com 140 milhões de dólares de ajuda aos insurgentes. O montante deve atingir mais 40 milhões.
Otan permanece
Apesar dos avanços do Conselho Nacional de Transição sobre Sirte, principal reduto de resistência dos kadafistas, a Otan anunciou hoje que vai manter as operações militares na Líbia, conforme uma porta-voz da organização, em Bruxelas. “A hora do fim se aproxima. É precipitado fixar uma data de encerramento porque ainda existem ameaças contra a população civil”, disse a porta-voz, Carmen Romero.
Enquanto isso, os aviões da Otan continuam sobrevoando o território líbio “essencialmente para cuidar e examinar a situação”. O número de bombardeios diminuiu drasticamente nas últimas semanas, depois que os combates se concentraram em zonas urbanas, embora “muito reduzidas”, informou a Otan.
Na segunda-feira, o espaço aéreo líbio, interditado desde março, foi parcialmente reaberto.
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