Equipes retomam buscas pelos 50 desaparecidos em tufão no Japão

Pelo menos 31 pessoas morreram na passagem do tufão Talas pelo oeste do Japão neste fim de semana e 50 continuam desaparecidas, segundo a imprensa e autoridades locais. Os trabalhos de buscas continuam nesta segunda-feira.

Equipes de buscas procuram pessoas desaparecidas na cidade japonesa de Tanabe, no município de Wakayama (centro-oeste) REUTERS/Kyodo

Claudia Sarmento, correspondente em Tóquio, para a Rádio França Internacional

As equipes de resgate, que contam com a ajuda das forças de Defesa Nacional, continuavam vasculhando áreas atingidas pelo tufão nesta segunda-feira em busca de vítimas. Mas ainda há zonas isoladas, ao sul de Osaka, onde rios transbordaram, estradas estão bloqueadas, pontes desabaram e deslizamentos de terra dificultam o socorro.

Este foi o mais devastador tufão a atingir o país desde 2004 e as imagens de destruição, incluindo escombros e inundações, assustaram os japoneses, ainda traumatizados com o terremoto seguido de tsunami que arrasou várias cidades do nordeste em março.

O tufão já perdeu a intensidade e está se dirigindo para o norte, através do Mar do Japão. Mas a Agência Meteorológica Nacional advertiu que as regiões oeste e centro do país ainda vão continuar sofrendo com fortes chuvas e ventos. Mais de quatrocentas mil pessoas receberam ordem de evacuação. Um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade de Kioto, o Castelo de Nijo, foi danificado e teve parte do seu portão principal arrancada.

O tufão é a primeira emergência a ser enfrentada pelo novo primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, que assumiu o cargo na semana passada.