Distúrbios no Cairo marcam retomada do julgamento de Moubarak
Foi retomado hoje no Cairo o julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Moubarak, acusado de corrupção, enriquecimento ilícito e responsabilidade direta na morte de 850 manifestantes durante a revolta popular que o tirou do poder no início do ano.
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O ex-presidente egípcio Hosni Moubarak chegou ao Tribunal do Cairo novamente de maca, para a terceira audiência do processo em que responde a acusações de corrupção e responsabilidade na morte de 850 egípcios no início do ano. Confrontos foram registrados entre opositores e partidários de Moubarak nos arredores do tribunal.
Moubarak foi transportado de helicóptero do hospital no qual está internado, perto do Cairo, para a capital. Ele chegou ao tribunal em uma ambulância e sua maca foi colocada no local destinado aos réus.
A partir de hoje, a justiça começa a ouvir os depoimentos de testemunhas de acusação e não vai mais exibir imagens do ex-presidente de 83 anos, que sofre de problemas cardíacos, de depressão e também teria um câncer. As audiências passarão a acontecer a portas fechadas.
O ex-vice-presidente Omar Souleimane afirmou, em maio, que Moubarak tinha conhecimento de cada tiro disparado contra os manifestantes. Mas, na abertura do julgamento, Moubarak negou qualquer responsabilidade. Se for estabelecida uma ligação direta com as mortes, ele pode ser condenado à pena capital. Moubarak também é acusado de enriquecimento ilícito. Ele é julgado ao mesmo tempo em que seus dois filhos, Alaa e Gamal, assim como o ex-ministro do Interior, Habib al-Adli.
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