Fome no nordeste da África é inadmissível, segundo FAO
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) realizou uma reunião de emergência nesta quinta-feira para discutir a fome no nordeste da África. Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, declarou que a região conhecida como Chifre da África, está numa “situação catastrófica que exige uma ajuda internacional massiva e urgente”.
Publicado em:
A região do Chifre da África inclui Somália, Djibouti, Quênia, Uganda e Etiópia. "É preciso salvar as vidas e reagir", disse Diouf, na reunião em Roma, Itália. “É inadmissível que em nossa época, com os recursos financeiros, a tecnologia e a experiência, mais de 12 milhões de pessoas ainda corram o risco de morrer de fome”, acrescentou o diretor-geral da FAO.
Diouf fez um apelo por mais verbas para colocar em prática projetos já prontos e aprovados. “Se os governos e parceiros doadores não investirem agora, essa fome terrível vai voltar e será uma vergonha para a comunidade internacional”, alertou Diouf.
A FAO considera que a atual crise alimentícia do Chifre da África, onde há 2,3 milhões de crianças afetadas por desnutrição, é também consequência de três décadas de investimento insuficiente na agricultura e no desenvolvimento rural.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro