Ex-jornalista acusa direção de tabloide britânico de encobrir escutas
Uma carta de um ex-jornalista provoca uma reviravolta no caso das escutas telefônicas clandestinas do tablóide britânico The News of the World. Clive Goodman, que fazia reportagens sobre a monarquia britânica, afirmou que os grampos não apenas eram conhecidos como discutidos abertamente na redação do jornal.
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Em uma carta escrita quatro anos atrás, Clive Goodman revelou que os grampos telefônicos eram debatidos nas reuniões de pauta diárias do tablóide até que o editor-chefe, Andy Coulson, obrigou todos a ficarem em silêncio e não tocar mais no assunto.
Esse documento contradiz o editor-chefe que negou várias vezes que sabia das escutas e ainda cria novo embaraço para o primeiro-ministro David Cameron que contratou Andy Coulson para trabalhar como seu assessor. Demitido do jornal, mas com a promessa de ter seu emprego de volta se assumisse a culpa sozinho, Clive Goodman foi condenado em 2007, mas nunca recuperou o emprego.
A justiça britânica prendeu 11 pessoas no escândalo dos grampos telefônicos que obrigou o bilionário Rubert Murdoch a fechar o tablóide The News Of the World. A comissão encarregada de investigar as denúncias de escutas ilegais anunciou que deverá convocar novamente James Murdoch, filho do magnata e diretor do grupo News Corporation, para esclarecer possíveis contradições em seu depoimento.
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