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Síria/ONU

Síria retira candidatura ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU

A Síria retirou nesta quarta-feira sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que vinha sendo considerada inadequada diante da repressão sangrenta que o governo de Damasco vem exercendo contra as manifestações que pedem a saída do presidente Bachar al-Assad.

Manifestação em frente da embaixada da Síria em Amman, Jordânia, 7 de maio de  2011
Manifestação em frente da embaixada da Síria em Amman, Jordânia, 7 de maio de 2011 Reuters
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A Síria era candidata, ao lado da Índia, Indonésia e Filipinas, a um dos quatro assentos vagos do Conselho de Direitos Humanos, que deve ser destinado à Ásia. A candidatura surpresa do Kuwait, na terça-feira, tornou a reivindicação síria ainda mais precária. O embaixador-adjunto da Índia na ONU, Manjeev Singh Puri, confirmou a retirada da Síria na disputa.

Enquanto isso, o regime sírio lançou uma campanha sem precedentes para desacreditar o movimento de contestação. A mensagem é clara: Bachar al-Assad ou o caos. Mensagens e frases como ‘Liberdade não é sabotagem’ ou ‘Sim à estabilidade, não ao caos’ são espalhados em cartazes na rua e em sites como Facebook e Twitter, além de clips na televisão.

Segundo Chaza Ferzli, encarregada desse projeto, a mensagem da campanha é simples: a ‘liberdade’ que pedem os manifestantes não é a verdadeira liberdade. Diante da mão de ferro do governo também sobre a imprensa, os embates entre manifestantes e simpatizantes na Síria também acontecem nas redes sociais da Internet e sites de divulgação de vídeos, como o Youtube.

A repressão continuou nesta terça-feira. Blindados do exército abriram fogo contra manifestantes no bairro residencial de Bab Amro, na cidade de Homs, matando cinco pessoas. Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, entre 600 e 700 pessoas foram mortas pela repressão, desde o início dos protestos contra o governo, há quase dois meses.
 

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