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Burkina Faso/violência

Militares fazem motim em protesto contra governo

O motim teve início na noite desta quinta-feira, às 21 horas, pelo horário local, quando dezenas de soldados deixaram seus quartéis e atiraram para o ar nas ruas da capital, Ouagadougou. Na origem do movimento estão os militares da Guarda Presidencial que tem um quartel nas proximidades da residência do presidente Blaise Compaoré, que estava no local quando começaram os disparos.

O presidente Blaise Compoaré, do Burkina Faso.
O presidente Blaise Compoaré, do Burkina Faso. © Gettyimages/Pascal Le Segretain
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Blaise Compaoré teria deixado sua residência e viajou ainda durante a noite para sua cidade natal, Ziniaré, distante 30 quilômetros da capital. Ele teria voltado para Ouagadougou na manhã desta sexta-feira e se encontra em um antigo palácio presidencial no centro da capital, onde acompanha de perto a situação junto a colaboradores. Compoaré tinha encontro marcado na residência presidencial com o chefe da operação da missão da Onu na Costa do Marfim (Onuci), Choi Young-Jin.

Tiros continuaram a ser ouvidos em diversos locais, mas em intensidade bem menor do que na noite anterior. Durante várias horas, disparos foram registrados em uma área do regime presidencial situado atrás da presidência do país, na periferia sul da capital. Há informações sobre tiros de metralhadoras e de outras armas pesadas em toda a região central de Ouagadougou.

Dezenas de soldados do regimento presidencial, divididos em duas casernas, iniciaram o motim por não terem recebido o depósito de uma ajuda de moradia prometida pelo governo.  Durante o protesto, os militares saquearam diversas lojas no centro da cidade e incendiaram a casa do general Gilbert Diendiéré, chefe do Estado–Maior particular do presidente Compaoré, assim como de outros dois oficiais.

Várias pessoas teriam ficado levemente feridas durante o ataque à casa de um dos oficiais, segundo uma fonte militar. Durante o motim, eles teriam libertado vários militares que estavam presos. No final de março, eles já haviam se revoltado contra a condenação e prisão de coelgas acusados de diversos crimes, incluindo estupros.

Depois dos incidentes, o presidente Compaoré teve encontros com vários representantes do exército e da polícia e anunciou ter concluído um acordo para por fim à crise.
 

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