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Costa do Marfim

Gbagbo continua refugiado em sua residência em Abidjan

O impasse político continua na Costa do Marfim. Laurent Gbagbo resistiu a duas tentativas frustradas das forças pró-Ouattara de tentar capturá-lo e se mantém refugiado, nesta quinta-feira, no bunker de sua residência em Abidjan.

Forças pró-Gbagbo em um veículo nas ruas de Abidjan
Forças pró-Gbagbo em um veículo nas ruas de Abidjan REUTERS/Luc Gnago
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Tiros foram ouvidos na manhã desta quinta-feira nos arredores do palácio presidencial e da casa do presidente derrotado nas últimas eleições. Laurent Gbagbo continua se recusando a deixar o poder. Durante a noite, o exército francês bombardeou dois veículos armados que saíram da residência de Gbagbo e tentaram invadir a residência do embaixador francês em Abidjan. A informação foi revelada nesta quinta-feira pelo ministro francês da Defesa, Gérard Longuet.

Os militares franceses das forças Licorne, que dão apoio à missão da ONU, também atacaram na noite de quarta-feira milícias pró-Gbagbo que invadiram a embaixada do Japão em Abidjan. Moradores disseram ter ouvido vários disparos de helicópteros.

O embaixador Yoshifumi Okamura foi retirado de sua residência juntamente com sete colaboradores. Eles foram levados a uma base militar francesa. Segundo o embaixador, um colaborador ficou ferido durante o ataque das milícias.

Israel pediu nesta quinta que as forças franceses ajudem a retirar seu pessoal diplomático de Abidjan.

Insegurança na maior metrópole marfinense

Traumatizados com a violência, os moradores de Abidjan, maior cidade da Costa do Marfim, quase não saem de casa. As ruas estão praticamente desertas e há temor de saques. Os habitantes também enfrentam cortes de água e de energia e problemas no abastecimento de comida.

Segundo a ONU, os confrontos violentos em Abidjan já deixaram dezenas de mortos e a situação humanitária é considerada dramática, já que a maioria dos hospitais não funciona.

O procurador do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo, anunciou sua intenção de abrir uma investigação sobre massacres cometidos no oeste do país, onde, segundo organizações internacionais, a ofensiva pró-Ouattara teria deixado entre trezentos e mil mortos.
 

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