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Japão/ nuclear

Cidade de Onagawa teme efeitos de danos em central nuclear

Não bastassem os problemas na central nuclear de Fukushima, o Japão agora enfrenta preocupações em outra instalação atômica, a 120 quilômetros ao norte. Na região da central de Onagawa, também atingida pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, a população começa a se organizar para abandonar o local.

Vista aérea da central nuclear de Onagawa, no Japão.
Vista aérea da central nuclear de Onagawa, no Japão. Reuters
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A central de Onagawa, localizada em uma baía da península de Ojika, não funciona mais desde a catástrofe natural, quando sofreu danos e um pequeno incêndio. Na cidade, a onda do tsunami chegou a 15 metros de altura.

A sociedade que explora a central, Tohoku Electric Power, assegura que os três reatores nucleares não estão a perigo, com as temperaturas dos combustíveis sob controle e níveis de vazamentos radioativos “relativamente baixos”. Mas a população não parece convencida da segurança e teme que Onagawa se transforme em uma segunda Fukushima.

Na ausência de observadores independentes para avaliar as taxas de radioatividade do ar, a insegurança dos habitantes aumenta. As autoridades contam com apenas três dos sete medidores dos níveis, e mesmo assim, eles funcionam parcialmente, já que os cortes de eletricidade são constantes na cidade. Apesar dos riscos, devido à catástrofe, a central está até servindo como refúgio para cerca de 200 moradores que perderam suas casas após as inundações.

O governo de Onagawa solicitou a Tohoku para reforçar os seus diques anti-tsunamis e de ser transparente com a população sobre os riscos na região. “Por enquanto, estamos concentrando os esforços para a busca de pessoas desaparecidas e em apoiar os sobreviventes”, afirmou Toshiaki Yaginuma, porta-voz da cidade. “Assim que terminarmos esta fase, vamos tratar das medidas de segurança na central.”

Nesta quarta-feira, um curto-circuito na sala de máquinas do reator 2 da central de Fukushima provocou uma nuvem de fumaça no local. Após a ação dos bombeiros, a fumaça se dissipou. A Tepco, operadora da central, afirmou que “o incidente não provocou qualquer conseqüência nos reatores”.
 

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