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Tunísia/Crise

Tunísia tem novo presidente interino após queda de Ben Ali

O presidente do Parlamento tunisiano, Foued Mebazaa, assumiu interinamente neste sábado a Presidência do país, no lugar do premiê Mohammed Ghannouch. Ele foi designado pelo Conselho Constitucional da Tunísia que afastou definitivamente Ben Ali do cargo. O ex-presidente tunisiano fugiu do país na sexta-feira, pressionado por protestos populares. Neste sábado, lojas e casas voltaram a ser saqueadas no país e o centro da capital Tunis foi ocupado pelo exército.

Centanas de soldados ocupam as ruas de Tunis, neste sábado 15 de janeiro.
Centanas de soldados ocupam as ruas de Tunis, neste sábado 15 de janeiro. 图片:路透社
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O Conselho Constitucional da Tunísia se baseou na Constituição do país para designar o presidente do Parlamento e não o primeiro-ministro como presidente interino. O órgão também anunciou eleições em 60 dias. A ordem constitucional parece restabelecida, mas o país ainda vive em clima de incerteza, após a fuga de Zine el Abidine Ben Ali. O ex-presidente se refugiou na Arábia Saudita após os protestos contra o seu regime. Ele estava no poder há 23 anos e tinha sido reeleito para um quinto mandato em outubro de 2009.

Em sua primeira declaração, o novo presidente interino Foued Mebazaa disse neste sábado que todos os tunisianos sem exceção vão participar do processo de transição política no país. Ele prometeu respeitar o pluralismo, a democracia e a Constituição da Tunísia. Ele também anunciou que o ainda primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi está encarregado de formar um novo governo.

Clima de incerteza

Por enquanto, o clima ainda é de tensão no país. O centro da capital Tunis continua ocupado pelo exército que protege os prédios públicos e impede o acesso às principais ruas e avenidas. Lojas, supermercados e até casas foram saqueados e muitos tunisianos acusam partidários do ex-presidente Ben Ali pelos saques. Esta informação foi confirmada por um diplomata francês na Tunísia, segundo a AFP.

Alguns saqueadores foram presos, mas a segurança ainda não está garantida. A população também teme acertos de conta entre a polícia e o exército. A crise na Tunísia começou em meados de dezembro, com protestos de jovens contra o regime. Mais de 60 pessoas morreram nos confrontos com a polícia.
 

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