Palestino que invadiu embaixada turca teria sido espião de Israel
O advogado de Nadim Anjaz, o palestino armado que invadiu a embaixada turca em Tel-Aviv na terça-feira, disse hoje que seu cliente trabalhou para o serviço de segurança de Israel, o Shin Bet. Por isso, a Autoridade Palestina estaria tentando assassiná-lo.
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Nathalia Watkins, correspondente da RFI em Jerusalém
O Shin Bet negou categoricamente a declaração do advogado Avital Khorev. Na terça-feira, depois de seis horas de suspense, o palestino Nadim Injaz deixou a Embaixada turca e foi levado para um hospital. Injaz foi ferido quando tentava fazer reféns na Embaixada da Turquia em Tel Aviv, onde queria pedir asilo político. Durante horas, a polícia israelense e as equipes de resgate estiveram de prontidão em frente a Embaixada e não receberam permissão para entrar no local.
O Canal 2 de televisão israelense divulgou a gravação de uma ligação telefônica feita por Injaz na qual afirmava ter reféns e ameaçava explodir a embaixada. O palestino exigiu asilo e proteção contra o que chamou de assassinos sionistas e, ao mesmo tempo, disse que os líderes palestinos, inclusive o presidente Mahmoud Abbas, deveriam morrer.
De acordo com a rádio pública israelense, o mesmo homem protagonizou um incidente semelhante na Embaixada da Grã-Bretanha, em Tel-Aviv, em 2006. Com uma arma de plástico, ameaçou se suicidar caso não conseguisse asilo no país.
Segundo um comunicado divulgado pelo ministério de Relações Exteriores turco, Injaz portava uma faca e uma arma de plástico. O palestino da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, de 32 anos, foi solto há apenas duas semanas após um ano de prisão.
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