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Faixa de Gaza/ataque

Cineasta brasileira denuncia violência do ataque à Flotilha da Liberdade

Iara Lee apresentou nesta quinta-feira, na sede da ONU em Nova York, imagens feitas pela sua equipe na hora do ataque israelense ao navio, que deixou nove mortos.

Iara Lee
Iara Lee culturesofresistance.org
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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

A cineasta brasileira Iara Lee, que reside nos Estados Unidos e estava numa das embarcações de ajuda humanitária invadidas por Israel na Faixa de Gaza , no final de maio, apresentou nesta quinta-feira, na sede da ONU em Nova York, as imagens feitas pela sua sua equipe na hora do ataque ao navio. Nova pessoas morreram no confronto, muitos ficaram feridos e centenas foram deportadas, como a própria Iara. “Estamos falando com diversos advogados nos Estados Unidos, na Europa, estamos nesse nível de investigação. Vamos persistir, com certeza. Acho que foi um abuso de direitos humanos, um desrespeito ao ser humano. Não é por aí, não é pela violência, pela brutalidade, pela força, que as coisas serão modificadas."
 

Iara Lee apresentou durante quase uma hora de imagens brutas feitas entre 11h da noite às 4h da manhã do dia do ataque.  O cinegrafista conseguiu burlar a vigilância israelense e costurou os cartões de memória da câmera na cueca. Um deles foi perdido, mas nos que foram salvos está registrado o momento em que chegam o helicóptero e os outros barcos se aproximam da missão humanitária – tiros são ouvidos, mas não é possível ver quem está atirando e se preparando para o confronto. As imagens ainda mostram muitas pessoas feridas, os primeiros socorros feitos pelos próprios tripulantes e o pânico de quem estava no barco. A filmagem é interrompida antes dos israelenses tomarem o controle da embarcação. Agora a intenção é reunir todo o material que foi salvo pelos ativistas e pedir justiça.

Iara criticou os Estados Unidos pelo país não ter condenado o ataque, mesmo tendo um norte-americano entre os mortos. E falou do apoio dos brasileiros que recebeu via Internet. Ela pretende viajar ao país para se reunir com pessoas que tenham a intenção de levar ajuda humanitária a Gaza. "Agora depende dos outros países. Um dos organizadores falou que queria 30 navios, 50 pessoas em cada navio. Eu disse : pode contar com os brasileiros, tenho certeza que eu consigo botar um navio brasileiro."

No site da ONG Cultures of Resistance, Lee divulgou 15 minutos das gravações, sem edição, dos momentos anteriores ao ataque de Israel.

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