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Polícia de Hong Kong ordena prisão de ativistas pró-democracia no exílio

Após o adiamento de um ano das eleições legislativas em Hong Kong por causa da Covid-19 e para desgosto da oposição pró-democracia, a polícia ordenou na sexta-feira (31) a prisão de seis ativistas pró-democracia no exílio, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Um ex-funcionário do Consulado Britânico, Simon Cheng, fala durante um protesto contra a deterioração das liberdades em Hong Kong do lado de fora da embaixada da China, em Londres, Inglaterra, em 31 de julho de 2020.
Um ex-funcionário do Consulado Britânico, Simon Cheng, fala durante um protesto contra a deterioração das liberdades em Hong Kong do lado de fora da embaixada da China, em Londres, Inglaterra, em 31 de julho de 2020. REUTERS - JOHN SIBLEY
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"O exílio e a nacionalidade estrangeira não nos protegerão". Esta foi a observação amarga de Samuel Chu, ativista de Hong Kong pela democracia e cidadão norte-americano. Ele soube na sexta-feira (31) que era procurado por "incitar secessão e por conluio com potências estrangeiras". No total, a polícia de Hong Kong ordenou a prisão de seis ativistas pró-democracia no exílio.

"Se eu for alvejado, qualquer norte-americano, qualquer cidadão de qualquer país que fale a favor de Hong Kong, também o pode ser e será", disse ele. É a primeira vez que as autoridades de Hong Kong invocam a jurisdição extraterritorial da nova lei de segurança nacional para atacar ativistas fora da região.

Nathan Law, um dos líderes dos protestos de 2019, também é procurado . Ele recentemente fugiu de Hong Kong para a Grã-Bretanha, assim como Simon Cheng, um ex-funcionário do consulado britânico em Hong Kong que recebeu asilo em Londres, depois de denunciar a tortura na China.

Desde a entrada em vigor da nova lei, quatro estudantes foram presos por incitar a secessão nas redes sociais e 12 candidatos pró-democráticos foram desqualificados para as eleições legislativas que ocorreriam em setembro.

Depois que as eleições foram adiadas por um ano, a Alemanha suspendeu seu tratado de extradição com Hong Kong, imitando o Reino Unido e a Austrália. Uma decisão que Pequim condenou como uma violação do direito internacional.

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