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Covid-19: Companhias aéreas devem demorar três anos para se recuperarem

O prejuízo das empresas aéreas já chega a mais de US$ 250 bilhões. A questão da sobrevivência de algumas delas em três ou seis meses é agora analisada pelo governo francês, segundo o jornal Le Monde.

Terminais vazios da Air France em 16 de março no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.
Terminais vazios da Air France em 16 de março no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. REUTERS - Benoit Tessier
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“Em que estado o setor aeronáutico emergirá da crise?”, se pergunta o jornal Le Monde nesta sexta-feira (10). Quanto tempo as companhias aéreas, aeroportos, fabricantes de aeronaves e fabricantes de equipamentos levarão para se recuperar?

Este é o assunto do estudo apresentado na quinta-feira, 9 de abril, pela empresa de consultoria Archery Strategy Consulting (ASC). Segundo ela, as perspectivas de curto e médio prazo não são muito animadoras.As companhias aéreas estão quase paradas. 90% da frota da Air France-KLM está imobilizada no solo, assim como a de sua rival Lufthansa. Isso tem um enorme impacto econômico.

Carsten Spohr, CEO do grupo alemão, disse na quinta-feira ao jornal francês que "perde € 1 milhão por hora". Internamente, alguns dizem que as perdas da Air France seriam da mesma ordem, diz o Le Monde. Todas as empresas estão alojadas no mesmo barco.

De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), seu déficit já chega a mais de 250 bilhões de dólares (230 bilhões de euros), ou 30% de seu faturamento anual global. Alexandre de Juniac, chefe da IATA, soa o alarme: "Se continuarmos assim, metade das companhias aéreas desaparecerá em junho. "De acordo com as tabelas elaboradas pela ASC de acordo com o fluxo de caixa das companhias aéreas, a Air France não é a mais mal colocada. Ela tem seis meses de sobrevivência pela frente antes da falência. Melhor que a Lufthansa e a American Delta Airlines, cuja visibilidade é reduzida para três meses”.

Ajuda de € 20 bi do governo francês

O estado francês está pronto para investir 20 bilhões de euros para ajudar as empresas do setor público ou privado em dificuldades pela crise ligada à epidemia de coronavírus, incluindo a Air France-KLM, disse o ministro da Economia e Finanças francês nesta sexta-feira (10), Bruno Le Maire.

A Air France-KLM, cujo tráfego de passageiros caiu 56,6% em março, e que vai paralisar mais de 90% de suas capacidades até o final de maio, disse na quinta-feira que precisaria de dinheiro nos próximos meses, mas afirmou que estava confiante em sua capacidade de encontrar o financiamento necessário, em particular entre os franceses e os holandeses, ambos acionistas em até 14% cada.

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